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    Desaparecida da natureza, ararinha-azul vai ser reintroduzida no país

    THIAGO AMÂNCIO
    DE SÃO PAULO

    13/07/2016 17h52

    Divulgação
    Ararinha-azul de criadouro em SP, uma das 4 ararinhas que compõem atualmente a população reprodutiva no Brasil
    Ararinha-azul em criadouro em São Paulo; espécie vai ser reintroduzida na natureza

    Duas décadas depois de desaparecer da natureza, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) deve ser reintroduzida ao seu habitat natural, a caatinga, a partir de 2019, de acordo com o governo federal.

    A ave é considerada extinta da natureza desde 2000, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, e existem hoje apenas 120 espécimes do animal, em instituições particulares do Brasil, Alemanha, Espanha e Catar, segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

    O governo federal assinou nesta terça (12) um acordo com entidades internacionais para a construção do Centro de Reintrodução e Reprodução da Ararinha-Azul, em Curaçá, na Bahia, habitat tradicional da espécie. O centro vai ser construído em uma área de 2.380 hectares, e o governo vai desembolsar R$ 5 milhões.

    Participam do projeto o criadouro Fazenda Cachoeira, onde será construído o centro, além da Associação para Conservação de Papagaios em Extinção (ACTP), da Alemanha, a Lubara Breeding Center - Al Wabra (AWWP), do Catar, a Parrots International (PI), dos Estados Unidos e o Jurong Bird Park, de Singapura.

    Para o sucesso da reintrodução da espécie, o governo diz trabalhar na criação de pelo menos uma unidade de conservação federal de 40 mil hectares, com sistema agroecológico para regenerar a mata ciliar e a vegetação da caatinga, além de melhorar as condições de vida das comunidades rurais locais.

    Além de combater o tráfico ilegal de animais silvestres e o uso do solo local por mineradoras, o projeto pretende até reduzir a quantidade de predadores para combater as ameaças à ararinha-azul.

    No último mês, moradores da região chegaram a avisar autoridades que haviam avistado a ave voando livremente na região. O ICMBio promoveu uma expedição, mas não conseguiu encontrar o animal, que pode ter fugido de algum cativeiro.

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