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    Temperatura de julho é recorde e 2016 deve ser o ano mais quente

    DE SÃO PAULO

    18/08/2016 20h45

    Atualmente, as notícias de aquecimento global são quase sempre os recordes de temperatura de algum período. Desta vez, dois foram quebrados de uma vez. O último julho não só foi o julho mais quente mas também foi o mês mais quente já registrado –até agora, pelo menos.

    É também a 15ª vez consecutiva que um mês quebra o recorde dentro da série histórica em comparação aos anos anteriores. Julho, que corriqueiramente já é o mês mais quente do ano, seguiu a tendência.

    O conjunto de dados no qual essas análises se baseiam já tem 137 anos e são acompanhados desde 1880. A agência responsável pela coleta de dados é a Noaa, dos EUA, que monitora atmosfera e oceanos.

    Os cientistas adotam como referencial (o "zero" para as medidas) a média histórica de temperatura do século 20. A partir daí a diferença de temperatura –seja positiva ou negativa– medida em um determinado momento (ou a média delas) é chamada de anomalia.

    No caso do último mês de julho, a anomalia foi positiva e de 0,87°C –0,06°C maior que o último recorde, do ano passado.

    A expectativa é que o ano de 2016 seja novamente o mais quente desde 1880, o mesmo que aconteceu com 2014 e 2015. Até então a temperatura média deste ano supera a de 2015 por 0,19°C.

    A explicação para julho ser sempre o mês mais quente do ano é o fato de ser verão no hemisfério norte. Essa porção do globo concentra maior porcentagem de terra, que se aquece mais rapidamente do que os oceanos, provocando esse reflexo na temperatura global.

    PROBLEMAS

    Entre as consequências do aquecimento global estão o derretimento do gelo polar (o que poderia afetar a vida em cidades litorâneas) e o prejuízo de ecossistemas já finamente ajustados a temperaturas mais frias.

    Por exemplo, peixes típicos de águas frias têm seus índices de sucesso reprodutivo (número de filhotes) afetados por uma variação de poucos graus na temperatura da água.

    Também há um aumento na taxa de reprodução de insetos transmissores de doenças, como o Aedes aegypti.

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