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    Revestimentos de piso e parede marcam épocas; identifique-se

    DE SÃO PAULO

    25/02/2015 16h31

    Os revestimentos de piso e parede acompanham movimentos da moda e da arte e criam tendências que definem a decoração de décadas inteiras.

    Texturas marcaram os anos 1970 e o listelo –peça de revestimento que forma uma faixa– dividia tons contrastantes em uma mesma parede nos anos 1990.

    Para 2015, as apostas do setor serão apresentadas a partir do dia 3 de março, em São Paulo, na feira Expo Revestir.

    Antes de conhecer as novidades, saiba um pouco sobre a história e o desenvolvimento dos revestimentos cerâmicos no Brasil.

    SÉCULO 18

    Há controvérsias sobre a nacionalidade dos primeiros revestimentos cerâmicos que chegaram ao Brasil. Sabe-se que, no século 18, azulejos de estilo barroco começaram a ser encomendados de Lisboa (Portugal). Eles eram trazidos em forma de painéis e serviam apenas como material decorativo, retratando cenas da paisagem, do cotidiano lisboeta, divulgando o modo de vida dos portugueses ou cenas bíblicas, para ajudar nas aulas de catequese.

    Assim como em Portugal, no Brasil o revestimento cerâmico tinha um alto custo de produção e, por isso, era aplicado, em geral, nos interiores.

    Aos poucos o material começa a ser utilizado em pátios, jardins e, por fim, no final do século 18, se expande para as fachadas.

    SÉCULO 19

    A cerâmica se mostra bem adaptada ao clima brasileiro e seu uso como revestimento se difunde no Brasil independente.

    1960

    Os azulejos decorados marcaram a época.

    1970

    Os revestimentos apostavam em superfícies mais texturizadas.

    1980

    O tijolo e seus efeitos são explorados em diversos estilos, texturas e formatos.

    O listelo –peça de revestimento que "divide" a parede– também era popular e marcava a separação entre duas cores contrastantes na parede.

    1990

    A composição dos revestimentos utilizava com frequência tozetos –pequenas peças de cerâmica quadradas que se encaixam em outras maiores para criar um efeito decorativo.

    Os anos 1990 marcam também a chegada do porcelanato no Brasil, primeiro importado da Itália e, depois, com fabricação nacional.

    2011

    Com a impressão digital em alta resolução, fabricantes conseguem estampar quase tudo em cerâmicas e porcelanatos, que ficam cada vez mais parecidos com madeira, mármore e cimento queimado, por exemplo.

    Fontes: fabricantes do setor, Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres) e Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP

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