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    Sumiço do avião da Malaysia Airlines completa um ano; veja outros seis mistérios da aviação mundial

    DE SÃO PAULO

    06/03/2015 12h43

    Editoria de Arte/Folhapress

    Um ano após o sumiço do Boeing-777 da Malaysia Airlines, o mistério continua: onde foi parar o avião, que tem o comprimento de quatro vagões do Metrô de São Paulo e a altura de um prédio de seis andares?

    Na versão das autoridades malasianas e de acordo com os dados de navegação, a aeronave caiu no sul do oceano Índico, sentido contrário ao que deveria tomar para levar as 239 pessoas a bordo de Kuala Lumpur a Pequim no dia 8 de março de 2014.

    Assim como seu paradeiro, o motivo da mudança de rota continua sendo um mistério, que alimentou diversas teorias da conspiração e levou a que o voo MH370 entrasse no hall de acidentes misteriosos da aviação mundial.

    Segundo a organização Aviation Safety Network, 89 aviões desapareceram e nunca foram encontrados entre 1948 e 2014, dos quais 62 sumiram no mar. Desde 2010, foram apenas três.

    Veja abaixo outros exemplos de aviões que sumiram do mapa (pelo menos por algum tempo):

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    Divulgação

    1953 - Avro York da Skywest Airlines

    A aeronave saiu do aeroporto de Stansted, perto de Londres, para Kingston, capital da Jamaica, com 39 pessoas a bordo.

    Quando sobrevoavam o oceano Atlântico norte, os pilotos enviaram um pedido de socorro e depois a comunicação foi cortada. As causas do acidente nunca foram descobertas.

    Divulgação

    1962 - Lockheed L1049 da Flying Tiger Lane

    Fretado para levar 107 soldados americanos para a Guerra do Vietnã, o avião desapareceu no meio do voo em direção às Filipinas após abastecer em uma base militar na Micronésia, na Oceania.

    Após oito dias de busca pelas águas do oceano Pacífico, nenhum destroço foi encontrado. O motivo do sumiço continua desconhecido, embora os investigadores dos Estados Unidos acreditem que a aeronave tenha se destruído no ar.

    Divulgação

    1972 - Fairchild FH-227D da Força Aérea Uruguaia

    Um dos desastres aéreos mais conhecidos do mundo. O avião levava um time de rúgbi uruguaio para uma competição no Chile quando caiu na Cordilheira dos Andes.

    As buscas pelos destroços foram encerradas 11 dias após o acidente. Dois meses depois, no entanto, dois sobreviventes conseguiram chegar a um vilarejo chileno e fizeram contato com as autoridades para resgatar as outras 14 pessoas que ainda estavam vivas.

    Os sobreviventes afirmam que chegaram a comer carne dos próprios colegas para se manterem vivos. A história deste caso foi contada diversas vezes em livros, como o "A sociedade da neve", de Pablo Vierci, e em filmes, sendo "Vivos" (1993) o mais famoso deles.

    Werner Fischdick Collection

    1979 - Boeing-707 da Varig

    A aeronave cargueira da então maior companhia aérea brasileira saiu de Tóquio com seis tripulantes com destino ao Rio, com escala em Los Angeles. Pouco após a decolagem da capital japonesa, a aeronave perdeu contato com o controle de tráfego aéreo.

    Seis tripulantes estavam a bordo e levavam 20 toneladas de carga, que incluíam desde peças de computador até 53 obras do artista Manabu Mabe (1924-1997), avaliadas à época em US$ 1,2 milhão.

    As causas do acidente nunca foram descobertas. Neste caso, o comandante da aeronave, Gilberto Araújo Silva, passava por seu segundo acidente aéreo. Em 1973, ele fez um pouso não programado em uma plantação quando outro Boeing-707 da Varig pegou fogo pouco antes de aterrissar no aeroporto de Orly, em Paris.

    2003 - Boeing-727 em Angola

    O avião havia sido comprado recentemente por uma companhia angolana, mas estava parado no aeroporto da capital Luanda por falta de pagamento. Um mecânico americano era a única pessoa que se sabe que estava na aeronave no momento em que ela começou a se mover sem aviso ao controle de tráfego aéreo e decolou. Sem transponder, a aeronave desapareceu no oceano Atlântico e não foi encontrada.

    2009 - Airbus A330-200 da Air France

    Com 228 pessoas a bordo, a aeronave decolou do Rio de Janeiro para Paris às 19h29 de 31 de maio. O último contato da tripulação com o controle de tráfego aéreo ocorreu às 22h35, quando o avião passava perto do arquipélago de Fernando de Noronha.

    Quarenta minutos depois, mensagens do sistema de monitoramento do Airbus indicaram problemas elétricos e perda de pressurização da cabine, sem que houvesse indicação de outros problemas.

    Três dias depois, as autoridades do Brasil e da França confirmaram a queda do avião no oceano Atlântico, mas os primeiros corpos dos passageiros só começaram a ser retirados uma semana depois.

    Em 2011, as autoridades francesas conseguiram recolher a caixa-preta e alguns corpos por meio de submarinos. No relatório final sobre a tragédia, a França aponta como causas erros de avaliação dos pilotos, em especial pelo congelamento dos sensores de velocidade.

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