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    Sete coisas que você precisa saber sobre a geração mais promissora do surfe brasileiro

    GUILHERME SETO
    TIAGO RIBAS
    DE SÃO PAULO

    31/03/2015 11h35

    Se o futebol do Brasil ainda é uma incógnita após o 7 a 1, ao menos o surfe do país oferece algum alento.

    A inédita conquista do título mundial em 2014 por Gabriel Medina e a vitória de Filipe Toledo logo na primeira etapa do Circuito Mundial de 2015, em Gold Coast, na Austrália, evidenciam que a atual geração do surfe brasileiro é a melhor de sua história.

    Com sete atletas na elite em 2015, cujas idades variam de 19 a 28 anos, o Brasil só está atrás da Austrália (12), de nomes consagrados como Mick Fanning, no número de representantes.

    Nesta quarta-feira (1º), em Bells Beach, outra praia da Austrália, começa a segunda das 11 etapas do circuito.

    1 - 'Come quieto'

    Com US$ 1,23 milhão (cerca de R$ 3,96 milhões em valores atuais) em premiações e o título mundial de 2014, seria razoável esperar que Gabriel Medina fosse o surfista brasileiro com mais premiações. No entanto, em dez anos de WCT Adriano 'Mineirinho' conseguiu juntar US$ 1, 35 milhão (cerca de R$ 4,4 milhões em valores atuais), e é o surfista com os maiores valores acumulados. Veja as premiações dos outros surfistas brasileiros.

    Marcelo Sayão/Efe
    Mineirinho, o mais bem pago da nova geração do surfe brasileiro
    Mineirinho, o mais bem pago da nova geração do surfe brasileiro

    2 - Precoces

    Para se tornarem surfistas profissionais de sucesso, todos eles começaram a surfar antes dos dez anos de idade. O mais precoce foi Filipe Toledo, o mais jovem deles: ele diz ter começado a surfar com dez meses de idade, com seu pai. Wiggolly também começou muito cedo, aos três anos de idade. Veja a idade com que os demais começaram a surfar.

    Renato Boulos/Ubatuba Surf Cam
    Wiggolly Dantas (E) durante premiaçao final do circuito Hang Loose Jr e Mirim em 2002, em Ubatuba
    Wiggolly Dantas (E) durante premiaçao final do circuito Hang Loose Jr e Mirim em 2002, em Ubatuba

    3 - 'Tu és orgulho dos desportistas do Brasil'

    Quando se trata de futebol, a nova geração do surfe brasileiro é homogênea. Dos sete surfistas, cinco são corintianos: Medina, Mineirinho, Filipe Toledo, Pupo e Wiggolly. Jadson André torce para o ABC (RN), enquanto Ítalo não torce para nenhum time.

    corinthians

    4 - 'O Rio de Janeiro continua sendo'?

    Apesar de ser um "point" internacionalmente reconhecido de surfe, o Rio de Janeiro não revelou nenhum dos surfistas da nova geração. Santa Catarina, outra região historicamente formadora de surfistas, também não colocou ninguém no WCT em 2015. Os paulistas são maioria: Medina, Mineirinho, Filipe Toledo, Pupo e Wiggolly. Ítalo e Jadson são do Rio Grande do Norte.

    Gregory Boissy/AFP
    Miguel Pupo, um dos paulistas, em onda no Taiti em 2014
    Miguel Pupo, um dos paulistas, em onda no Taiti em 2014

    5 - O surfe é pop

    A nova geração conta com patrocinadores que os ajudam a custear suas despesas e garantem uma entrada de renda mais regular que as eventuais premiações do circuito. Trata-se de um incentivo que foi mais raro para gerações anteriores, formada por surfistas como Teco Padaratz e Fabio Gouveia, que em entrevista à Folha conta que só mais velho teve a oportunidade de viajar para treinar em mares internacionais.

    Reprodução/Instagram/gabrielmedina
    Medina divulga produtos de um de seus patrocinadores, a Coppetone
    Medina divulga produtos de um de seus patrocinadores, a Coppetone

    6 - Tão jovens

    Filipinho é o mais novo desta geração, e tem apenas 19 anos. No entanto, até mesmo o mais experiente deles, Mineirinho, tem 28 anos de idade. A média de idade do grupo é de 23 anos de idade, o que mostra que eles ainda terão muito tempo para alcançar os feitos de veteranos como o australiano Mick Fanning, 33, e Kelly Slater, 43.

    Kelly Cestari/WSL
    Filipe Toledo tem apenas 19 anos e é o mais novo dos surfistas brasileiros do WCT
    Filipe Toledo tem apenas 19 anos e é o mais novo dos surfistas brasileiros do WCT

    7 - Ídolo australiano

    Diferentemente do que se poderia esperar, o grande ídolo desta geração de surfistas brasileiros é o australiano Mick Fanning, e não o hendecampeão (11 vezes) Kelly Slater, este que é tido como o maior surfista de todos os tempos. Mineirinho, Jadson André e Ítalo consideram Fanning como ídolo. Além deles, Medina já declarou em entrevistas anteriores que também vê o "white lightning" ("relâmpago branco", apelido que o australiano recebeu pela velocidade de seu surfe) como seu ídolo na modalidade.

    p(gallery3). Os 34 surfistas do Mundial-2015

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