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    Greve dos professores estaduais completa 1 mês; relembre outras paralisações longas que afetaram o ensino no país

    DE SÃO PAULO

    17/04/2015 12h00

    A greve dos professores estaduais de São Paulo completou um mês na quinta (16).

    A categoria reivindica, entre outras coisas, reajuste de 75%. O salário-base da categoria é de R$ 2.416 –na jornada de 40 horas.

    A paralisação, segundo o sindicato, tem a adesão de 58% dos professores. O governo estadual fala em 5,1%.

    Confira outras greves longas no ensino público brasileiro.

    *

    1) Greve das Federais em 2012

    Daniel Marenco/Folhapress
    Cartaz no Rio de Janeiro durante greve das federais de 2012
    Cartaz no Rio de Janeiro durante greve das federais de 2012

    Em 17 de maio de 2012, professores de 34 universidades federais entraram em greve, no que se tornaria a maior paralisação da história do setor. Em seu ápice, 57 instituições de ensino aderiram ao movimento.

    Os docentes reivindicavam a reestruturação de suas carreiras e reajuste salarial.

    A greve durou quatro meses e terminou em setembro daquele ano. Após negociações com o governo, os professores conseguiram reajuste de 25 a 40% divididos nos três anos seguintes –dependendo do cargo.

    2) Greve das federais de 2005

    Sérgio Lima - 14.out.2005/Folhapress
    Grevistas das universidades federais invadem MEC em 2005; greve foi a 2° maior da história
    Grevistas das universidades federais invadem MEC em 2005; greve foi a 2° maior da história

    A segunda maior paralisação da história das federais aconteceu em 2005. A greve durou 112 dias, e atingiu 39 das 61 universidades federais que existiam no Brasil à época.

    Os docentes reivindicavam aumento de 18% no salário-base e equiparação dos vencimentos dos aposentados com servidores da ativa. O governo propôs um aumento médio de 9,75% e a diminuição da diferença entre ativos e inativos, que era, em média, de 30%.

    Apesar do fim da greve, o movimento não concordou com a proposta apresentada pelo MEC (Ministério da Educação). Mas os professores avaliaram que não havia mais condições de alterar o texto, pois o governo Lula encerrou as negociações e enviou um projeto de lei para o Congresso para impor a sua proposta.

    3) Greve das federais de 2001

    Antônio Gaudério - 26.nov.2001/Folhapress
    UFRJ depois de greve de 2001; paralisação que afetou federais e durou 108 dias
    UFRJ depois de greve de 2001; paralisação que afetou federais e durou 108 dias

    A greve dos docentes das universidades federais de 2001 durou 108 dias e é a terceira mais longa da história no setor.

    Os professores reivindicavam 13,5% de reajuste salarial e a equiparação da GID e da GED (gratificações por desempenho nos ensinos médio e superior) e a extensão de 60% da GID para inativos do ensino médio.

    No acordo final, os docentes conseguiram de 12% a 13% de reajuste

    4) Maior da história da USP

    Danilo Verpa - 19.set.2014/Folhapress
    Assembleia que decretou o fim da maior greve da história da USP, que durou 116 dias em 2014
    Assembleia que decretou o fim da maior greve da história da USP, que durou 116 dias em 2014

    Em 2014, professores e funcionários da USP cruzaram os braços por 116 dias.

    A principal reivindicação era que a reitoria da universidade retirasse a proposta de congelamento de salários.

    Funcionários acabaram aceitando um acordo proposto pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de reajuste salarial de 5,2%, dividido em duas parcelas, além de abono de 28,6%. O valor do abono é referente ao reajuste desde maio, data-base da categoria.

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