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    Aos 50, Raí elege seus melhores e piores jogos, gol mais bonito, rival mais difícil e maior craque que viu jogar

    MARCEL MERGUIZO
    DE SÃO PAULO

    15/05/2015 12h00

    Aos 50 anos, Raí elege alguns dos melhores e piores momentos da sua carreira.

    1 - JOGO DA VIDA

    Para Raí, o melhor jogo de sua carreira foi a vitória por 2 a 1 na final do Mundial Interclubes de 1992. Em Tóquio, o camisa 10 fez os dois gols do São Paulo contra o Barcelona –que marcou com o o búlgaro Stoitchkov.

    "Foi perfeito", disse Raí à Folha. O segundo gol foi de falta, em jogada ensaiada com Cafu –a bola entrou no ângulo direito do gol defendido pelo espanhol Zubizarreta.

    Já o primeiro gol, após cruzamento de Müller, Raí fez de peixinho, com a bola batendo... "na barriga, quer dizer, foi de púbis", conta.

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    2 - PIOR PARTIDA

    "São dois os momentos mais difíceis da minha carreira", lembra Raí. "O amistoso contra a Argentina, no Maracanã, em 1998, foi o momento mais difícil de viver. Eu não merecia as vaias. O time inteiro jogou mal. Perdendo para a Argentina, um paulista no Maracanã, com Edmundo no banco...", conta o ex-jogador que tentava vaga na equipe para disputar sua segunda Copa do Mundo, após o título nos EUA. "O errado ali foi ser um jogo só para testar um cara de 33 anos e que já tinha participado de Copa", afirma Raí, ainda lamentando o fato de Zagallo não tê-lo convocado para a Copa da França.

    Paulo Whitaker/Reuters
    Raí tenta se livrar da marcação argentina em amistoso no Maracanã, em 1998
    Raí tenta se livrar da marcação argentina em amistoso no Maracanã, em 1998

    O segundo pior jogo da carreira de Raí foi pelo São Paulo, contra o arquirrival. Na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1999, Raí errou (Dida defendeu) dois pênaltis contra o Corinthians e o São Paulo perdeu por 3 a 2 –curiosamente, o capitão são-paulino fez o primeiro gol do time no jogo. "Perder pênaltis faz parte do jogo, fiz mais do que errei", diz.

    Arquivo
    Confusão entre corintianos e Raí, após o são-paulino perder o segundo pênalti contra Dida no Morumbi
    Confusão entre corintianos e Raí, após o são-paulino perder o segundo pênalti contra Dida no Morumbi

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    3 - MARCADOR MAIS DIFÍCIL

    Como marcadores mais difíceis que enfrentou na carreira, Raí escolheu dois volantes: Mauro Silva, ex-Guarani e Bragantino, e Capitão, da Portuguesa. Ele também lembrou de Vieira, na França "Ele estava começando e marcava o tempo inteiro".

    FSP-Esporte-Nacional-19.11.95
    O volante Capitão, em treino da Portuguesa
    O volante Capitão, em treino da Portuguesa

    Em relação ao time, a escolha foi mais óbvia. "Sempre foi o Corinthians, pela rivalidade. Foi criando uma coisa desde o Botafogo, quando ganhei quase todos os jogos, fiz gol de calcanhar".

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    4 - GOL INESQUECÍVEL

    Seu quinto gol, de cobertura, quase do meio de campo, no jogo contra o Noroeste, no Campeonato Paulista de 1992. Naquele jogo (6 a 0), Raí fez cinco gols e sofreu um pênalti –mesmo sendo o cobrador oficial, ele deixou Müller bater. "Sempre gostei de fazer gol de cobertura."

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    5 - MELHOR JOGADOR QUE VIU

    Perguntado sobre o melhor jogador que viu atuar, Raí citou dois: um camisa 10 como ele, Zico, e seu irmão, Sócrates. "Os dois me influenciaram bastante." Ele também citou outros dois estrangeiros, o argentino Maradona e o francês Platini. "Hoje o Messi, pelo que está fazendo. Dos que jogaram comigo, o Romário. No primeiro treino que fiz com ele na seleção já dava para colocar o Romário no mesmo nível desses outros aí", afirmou.

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