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    SAIU NO NP

    Brocha torra o pênis na tomada e morre eletrocutado em SP

    ALBERTO NOGUEIRA
    DO BANCO DE DADOS FOLHA

    22/09/2017 02h00

    A seção "Saiu no NP" traz esta semana um assunto muito delicado no meio masculino: a impotência sexual. Nada deve ser pior para um homem do que não conseguir ter uma ereção diante de sua parceira (ou parceiro). Por esse motivo, vários buscavam métodos alternativos para dar um "up" no "falecido" no tempo em que as famosas pílulas vasodilatadoras ainda não estavam disponíveis no mercado.

    O tema disfunção erétil esteve presente em diversas edições do "Notícias Populares" e muitas vezes o jornal, com seu humor peculiar, deu tom de comédia às inovações científicas e às situações trágicas, como na manchete do dia 2 de agosto de 1990: "Broxa torra o pênis na tomada [sic]".

    O caso aconteceu no interior do Estado de São Paulo com um comerciante de 41 anos. De acordo com o "NP", o rapaz foi encontrado morto após ser eletrocutado.

    No começo, a polícia chegou a falar em suicídio, mas uma versão contada pelos vizinhos parecia fazer mais sentido naquele momento. Segundo eles, o homem tentou dar uma carga no "bimbo" para ver se este voltava a funcionar.

    Conforme relatos colhidos na vizinhança, o homem, que tinha fama de garanhão, andava sofrendo com a dificuldade de ereção. Com a ideia fixa de acabar com o problema e não arruinar sua reputação, o rapaz, conhecido também como "General", fechou sua loja ao fim do expediente, embriagou-se e foi para casa.

    Folhapress
    Ilustração reconstitui os últimos momentos da vida de 'General', morto após receber forte descarga elétrica no pênis
    Ilustração reconstitui os últimos momentos da vida de 'General', morto após receber forte descarga elétrica no pênis

    Ao chegar, tirou a roupa e foi ao banheiro, onde havia um transformador 110/12 volts (usado para recarregar pilhas) na tomada. Sem saber o que estava por vir, pegou uma braçadeira de radiador, ligou-a no transformador e a apertou no pênis com uma chave de fenda, deitou-se no chão e mandou brasa!

    O choque foi fatal, mas nem assim sensibilizou os policiais que cuidaram da ocorrência. "Todo mundo caiu na gargalhada primeiro. Só depois começamos a trabalhar", disse um policial, que ainda deu mais detalhes: "O pênis estava mole. Só o seu corpo estava duro".

    O rapaz, desquitado havia cinco anos, perdeu a vida e ainda por cima ficou com fama de brocha. Não se sabe ao certo o que deu na cabeça dele, talvez a tomada fosse 220v, e ele acreditasse que seu "instrumento" fosse bivolt.

    Tamanha desgraça acontecida com "General" poderia ter sido evitada se ele fosse mais paciente e tivesse procurado a ajuda de um médico. O "NP" provou que pessoas com a mesma dificuldade poderiam ter sim um final feliz: "Broxa ganha croquete zero - Hospital do Ipiranga levanta falecido de graça [sic]" foi a manchete de 8 de dezembro de 1990.

    Folhapress
    Prótese inflável 'eleva' vida sexual de pacientes
    Prótese inflável 'eleva' vida sexual de pacientes

    Dentro desta edição, o jornal destacou que, naquele dia, "o clube de impotentes brasileiros perdia um de seus 6 milhões de associados". O paciente, que teve a sua identidade preservada, recebeu uma prótese inflável.

    Pela primeira vez no país, esse tipo de procedimento era feito gratuitamente. O "NP" aproveitou a ocasião e utilizou sua didática simples e direta para explicar o funcionamento da prótese: "[...] dois tubos compridos são colocados dentro do pênis. A bolinha vai pro saco. Na hora da transa, é só bombar a bolinha. Aí, um líquido vai para os tubos, que começam a ficar cheios. Quando eles estão bem calibrados, o pênis está num ponto capaz de penetrar".

    Folhapress
    A pomada 'santa' que prometia dar nova vida aos brochas
    A pomada 'santa' que prometia dar nova vida aos brochas

    Em sua manchete de 23 de maio de 1993, o diário mostrou outra invenção "milagrosa" que poderia ter salvado a vida do homem eletrocutado: "Pomada Santa dá vida aos broxas - O pênis fica ligadão durante uma hora [sic]".

    Mais simples do que a bombinha, sua antecessora hidráulica, uma pomada inventada pela doutora Illana Gozes, da Universidade de Tel Aviv (Israel), prometia levantar qualquer "defunto".

    Provas não faltaram ao longo dos anos para mostrar que vida do comerciante poderia ter sido mais longa. Os tratamentos contra disfunção erétil evoluíram muito com o passar dos anos e até vovôs na casa dos 90 anos podem vir a ter uma vida sexual ativa.

    Enquanto a salvação não chegava, o rapaz deveria ter usado a infalível tática para cada falha sua na cama, aquela velha frase que todo homem que brocha diz à mulher: "Isso nunca me aconteceu antes..."

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