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    SP: passado e presente

    De estilo neogótico, Catedral da Sé é mais do que uma igreja em SP

    EDGAR SILVA
    DE SÃO PAULO

    18/10/2017 04h00

    Acervo UH - 14.nov.1952/Folhapress
    SAO PAULO, SP, 06.09.2015: - Primeira missa realizada na catedral da Se apos a morte de um morador de rua na escadaria. (Foto: Bruno Poletti/Folhapress, FSP-COTIDIANO) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    Catedral da Sé com sua cúpula em construção; Fachada da Catedral da Sé
    Bruno Poletti - 6.set.2015/Folhapress
    ORG XMIT: 460401_0.tif Fachada da Catedral da Sé, com sua cúpula em construção, em São Paulo (SP). (São Paulo (SP). (São Paulo (SP), 14.11.1952. Foto Acervo UH/Folhapress)
    Fachada da Catedral da Sé, com sua cúpula em construção

    Localizada na praça da Sé, marco zero de São Paulo, a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Assunção e São Paulo, ou simplesmente Catedral da Sé, foi inaugurada em 25 de janeiro de 1954, por ocasião dos 400 anos da cidade.

    A catedral foi projetada pelo professor da Escola Politécnica, Maximilian Hehl e em 1913 teve início sua construção. O atraso para conclusão da obra se deveu a falta de dinheiro e a ocorrência da 1ª e 2ª Guerras Mundiais que atrapalharam as importações dos materiais de construção.

    O projeto adotou o estilo neogótico e a inclusão da cúpula de concreto sobre o cruzeiro, característica academicamente classificada como pertencendo à arquitetura religiosa renascentista.

    O santuário possui 111 metros de comprimento, 46 de largura e 65 de altura (exceto as torres) e foi construído para representar a fartura e uma escola de arte. Apesar das medidas parecerem grandes na ocasião, hoje a Catedral da Sé é apenas o 21º maior templo da capital.

    Na catedral são realizadas 16 missas regulares por semana e ao menos 2.500 hóstias são ofertadas (excluindo-se celebrações maiores).

    A cripta, inaugurada em 1919, é um dos locais mais vistos dentro da própria catedral, tendo recebido em julho mais de 2.000 visitantes.

    A altura de suas torres, as esculturas em granito, mármore e bronze, seu altar-mor, mosaicos, sinos (são 61 no total, sendo 35 acionados eletronicamente) e o órgão com 12 mil tubos e entalhes a mão chamam a atenção de fiéis à alunos de arquitetura.

    Assim como o Masp, é em frente a Catedral da Sé que ocorrem diversos tipos de manifestações que resultam numa importância do local que vai além da Igreja Católica. Destacam-se os primeiros atos pelas Diretas-Já, na década de 1980, e contra o alto custo de vida, em 1978.

    E na própria igreja um dos marcos de sua história foi o ato ecumênico pela morte do jornalista Vladimir Herzog durante o regime militar (1964-1985) celebrado por dom Paulo Evaristo Arns e assistido por 8.000 pessoas.

    Em junho de 2016, a Catedral da Sé foi tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico). O tombamento da igreja foi aprovado devido à importância religiosa e histórica da edificação para a cidade de São Paulo.

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