Ao longo de 2016, o papa francisco abriu conta no Instagram, criticou a discriminação a homossexuais e autorizou a absolvição do aborto; relembre os principais momentos do pontífice.

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Contraceptivos

Em meio ao surto do vírus da zika, em fevereiro, declarou que "evitar a gravidez não é um mal absoluto". "Em certos casos, como neste, como no do abençoado Paulo 6º (1963-1978), isso está claro". Durante a guerra no Congo belga, na década de 1960, Paulo 6º teria autorizado que freiras usassem anticoncepcionais, pois poderiam ser vítimas de estupro.

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Casados (de novo)

Padres devem ter uma abordagem mais compreensiva em relação a divorciados. A mensagem foi transmitida em abril por meio da divulgação da exortação apostólica "Amoris laetitia" ("A alegria do amor"). Para Francisco, fiéis casados de novo, que pelas regras não têm direito a comungar, "podem encontrar-se em situações muito diferentes, que não devem ser catalogadas ou encerradas em afirmações demasiado rígidas".

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Desculpas em série

Homossexuais merecem um pedido de perdão da Igreja Católica e não devem ser discriminados, disse, em junho. "Eles devem ser respeitados e acompanhados pastoralmente." Segundo o pontífice, a igreja também deveria desculpar-se com outras pessoas marginalizadas por ela no passado, como pobres e explorados, pela forma como tratou as mulheres, por ter ignorado questões ligadas ao trabalho infantil e por "ter abençoado tantas armas".

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Nas redes

Durante visita à Polônia, em julho, num discurso recheado de termos tecnológicos, Francisco pediu aos jovens que façam "download do melhor 'link' de todos: o do coração, que vê e transmite bondade sem ficar cansado". Quatro meses antes, ele estreou uma conta no Instagram —até dezembro, o pontífice reunia 3,4 milhões de seguidores. A seu ver, a internet, as redes sociais e as mensagens de texto são "um presente de Deus", se bem utilizadas.

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A vez delas

Foi criada em agosto, por decisão do papa, uma comissão para estudar a possibilidade de mulheres se tornarem diaconisas. A função, primeiro degrau na hierarquia católica e abaixo de padres e bispos, autoriza o pronunciamento de sermões em missas e a oficialização de batizados, casamentos e funerais.

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Aborto

Na carta apostólica "Misericordia et Misera", divulgada em novembro, autorizou a absolvição de envolvidos com a prática do aborto que decidirem se confessar. Antes, a decisão dependia da aprovação de um bispo. "Para que nenhum obstáculo se interponha entre o pedido de reconciliação e o perdão de Deus, de agora em diante concedo a todos os sacerdotes, em razão de seu ministério, a faculdade de absolver a quem tenha procurado o pecado do aborto."