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    Após derrame, jornalista de ciência volta à música e grava disco

    MARCELO LEITE
    DE SÃO PAULO

    22/01/2014 02h47

    "É muito fina a linha que separa a destreza da incapacidade", escreveu o jornalista americano Andrew Revkin, 57, após sofrer um acidente vascular cerebral em julho de 2011. O derrame lhe deixou a mão direita paralisada por algumas semanas.

    Dois anos depois, entre fevereiro e setembro de 2013, ele dedicou boa parte de seu tempo num estúdio para gravar o primeiro disco, com dez canções de sua autoria. Título do álbum: "A Very Fine Line" (uma linha muito fina).

    David Rothenberg - 2010/Divulgação
    Andrew Revkin (à dir.) toca com Pete Seeger (à esq.) e Steve Stanne (centro) no Strawberry Festival, em Beacon (NY)
    Andrew Revkin (à dir.) toca com Pete Seeger (à esq.) e Steve Stanne (centro) no Strawberry Festival, em Beacon (NY)

    "Crises de meia-idade vêm de várias formas", escreveu Revk. "A minha veio na de um derrame imprevisto, do tipo que às vezes pega pessoas que não são os suspeitos de sempre."

    A música, contudo, sempre acompanhou o repórter, que trabalhou por 15 anos cobrindo temas ambientais para o jornal "The New York Times", para o qual ainda escreve o blog Dot.Earth. Canhoto, aprendeu a tocar violão sem trocar as cordas de posição, como o guitarrista brasileiro Edgard Scandurra.

    Canções "folk" são a paixão musical de Revkin. O jornalista costuma acompanhar, vez por outra, ninguém menos que Pete Seeger, uma lenda das canções de protesto e do movimento por direitos civis nos EUA, autor do sucesso "Where Have All the Flowers Gone" (para onde foram todas as flores).

    Após o derrame, as prioridades mudaram, conta Revkin. Decidiu dedicar-se mais à música, que hoje emprega também para falar de ambiente e ciência, como nas bem-humoradas canções "Liberated Carbon" (carbono liberado) e "Blame it on Biology" (culpa da biologia).

    A canção "Blame it on Biology" pode ser ouvida no site http://revkin.bandcamp.com/track/blame-it-on-biology. A tradução (abaixo) foi feita pelo letrista e produtor Carlos Rennó, a pedido da Folha.

    Editoria de Arte/Folhapress

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