O Ministério da Educação afirmou, por meio de nota da assessoria de imprensa, que a fala do secretário de Educação Superior, Paulo Speller, durante a reunião se referia "ao impacto na política pública".
Questionado pela reportagem, o MEC não disse quem era o representante da Casa Civil citado no documento.
A pasta explicou que a reunião do grupo faz parte da rotina de monitoramento do programa e que a decisão de retorno desses bolsistas visa à qualidade da iniciativa.
A nota diz que a reunião tratou da situação dos alunos inicialmente selecionados para cursos em instituições predominantemente de Portugal e que uma das finalidades do programa é permitir que o aluno possa dominar uma segunda língua.
"Ressaltamos que essa, como todas as outras decisões do comitê executivo, são tomadas considerando única e exclusivamente a política de qualidade exigida pelo programa", diz trecho da nota.
A Folha questionou ainda o motivo do incremento de recursos que foi citado na ata do encontro.
Segundo o MEC, o aporte foi necessário por dois motivos: "por causa do impacto da desvalorização cambial do real no orçamento do programa e em razão de parte do setor privado, até o momento, não ter repassado os recursos previstos".
Até o momento, o setor privado concedeu 3.466 bolsas, o que corresponde a 13,3% do total de 26 mil bolsas de responsabilidade das empresas.