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    Argentina lança primeiro satélite com tecnologia própria

    DA AFP

    17/10/2014 00h12

    A Argentina lançou nesta quinta-feira (16) o Arsat-1, seu primeiro satélite geoestacionário de telecomunicações, desenvolvido com tecnologia própria, na base de Kourou, na Guiana Francesa.

    "O Arsat-1 foi lançado com êxito ao espaço", informou a Presidência em um comunicado.

    O satélite decolou às 18h44 de Brasília, a bordo de um foguete francês Ariane, que se desprendeu em seguida, até alcançar uma órbita de transferência, 300 km acima do nível do mar.

    Imagens transmitidas pela televisão mostraram técnicos e cientistas comemorando na base de controle quando o satélite se desprendeu da estrutura do foguete.

    "Hoje é um dia histórico com o lançamento do Arsat-1, um satélite construído com tecnologia argentina, um investimento de 270 milhões de dólares e 1,3 milhão de homens-hora", disse o chefe do gabinete, Jorge Capitanich, com coletiva de imprensa.

    Ele afirmou ainda que "70% de um satélite são as horas trabalhadas por cientistas e técnicos de alta qualificação".

    O Arsat-1, com potência de 3.400 watts, foi desenvolvido ao longo de sete anos e fabricado na cidade de San Carlos de Bariloche (1.650 km a sudoeste de Buenos Aires) pelas estatais Invap e pela empresa Argentina de Soluções Satelitais (ArSat).

    Quatrocentos especialistas participaram da construção do satélite geoestacionário que orbitará dando uma volta completa em 24 horas, o mesmo tempo em que a Terra dá uma volta completa em si mesma.

    "A Argentina se soma ao seleto 'clube' de países que produzem este tipo de satélite - Estados Unidos, Rússia, China, Japão, Israel, Índia e (os da) zona do euro", declarou a presidente, Cristina Kirchner, no fim de agosto, quando o satélite partiu de Bariloche para ser levado à Guiana.

    Este primeiro satélite –outro está em construção–, com vida útil estimada em 15 anos, terá sua potência máxima focada sobre Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai.

    Ele fornecerá serviços de telefonia celular, TV digital, internet e transmissão de dados, permitindo que regiões mais isoladas sejam cobertas.

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