A última aposta de Bill Gates, criador da Microsoft, para sanar a escassez de saneamento básico no mundo, é a produção de água a partir de fezes.

Como o uso de vasos sanitários requer ligação a sistema de esgoto e dispêndio de muita água, o filantropo resolveu apostar em um protótipo de uma máquina que pode resolver vários problemas dos países pobres de uma vez só.

Ele próprio experimentou e aprovou a água produzida pelo aparato.

	Reprodução/Gates Notes
	Peter Janicki, engenheiro criador do Omniprocessador, e Bill Gates, que o financiou

A máquina é capaz de processar o material semissólido proveniente do tratamento de esgoto que contém fezes e outros detritos.

Primeiro o material é fervido, e o vapor-d'água é coletado e purificado. Os sólidos restantes são queimados,o que alimenta a geração energia elétrica pela movimentação de vapor. Por fim, temos a formação de cinzas –produtos da combustão da parte sólida.

Veja vídeo
Ao inspecionar o protótipo, localizado em Washington, chamado de Janicki Omniprocessor (nome que indica que o aparato é capaz de processar tudo), Gates refrescou-se com um copo d'água produzido pela máquina.

"Tendo estudado a engenharia por trás [da máquina], eu beberia essa água todo dia", escreveu Gates em seu blog.

A estratégia, avalia Gates, é excelente porque é possível receber dinheiro por tudo: pelo processamento dos resíduos, pela água produzida, pela energia produzida e pelas cinzas, que podem servir de fertilizantes.

O primeiro teste "real" da máquina será na cidade de Dacar, no Senegal. Gates afirma que já está sendo feito contato com os líderes locais para realizar a implementação da melhor maneira possível e poder avaliar o impacto da engenhoca onde ela realmente seria útil.