Foram necessários dezenas de milhares de anos para que a população mundial fosse a 1 bilhão. Em 200 anos, esse valor cresceu sete vezes.
As consequências dessa expansão explosiva foram registradas em diversas fotografias agora reunidas pela ONG americana Global Population Speak Out, que as apresenta no recém-lançado livro "Overdevelopment, Overpopulation, Overshoot" (em tradução livre, algo como "Superdesenvolvimento, Superpopulação, Passar do limite").
As imagens remetem a coisas como o despejo de lixo no oceano, o desmatamento, os desequilíbrios causados na fauna e a alta densidade populacional humana.
A ONG faz uma série de sugestões para que os problemas sejam amenizados. Para diminuir a velocidade da expansão da população, especialmente nos países mais pobres, uma sugestão é reforçar a educação feminina.
"Mulheres instruídas geralmente escolhem ter famílias menores. Entres outros fatores importantes, a educação de meninas e mulheres promove acesso à informação sobre contracepção e estilos de vida mais saudáveis", diz Joe Bish, diretor de assuntos legais da Population Media Center, umas das organizações que trabalham com a Speak Out.
Outra preocupação é o aumento das emissões das gases do efeito estufa, que causam o aquecimento global. A adoção de tecnologias limpas, sem o uso de combustíveis fósseis, pode ajudar a combater a mudança climática.
Segundo Bish, muitos alarmes sobre a degradação do meio ambiente já foram dados ao público, mas nenhum deles pareceu funcionar.
A ideia, então, foi "deixar de lado o apelo racional e ver o que acontece quando pessoas são confrontadas por imagens que mostram a maneira como o planeta, nosso lar nesse vasto Universo, está sendo tratado".
Em 2011, éramos 7 bilhões de pessoas. Em 2050, estimativas apontam que seremos 9 bilhões de pessoas. A ONU projeta que a população mundial vai se estabilizar em aproximadamente 10 bilhões de pessoas depois do ano de 2200, embora seja difícil fazer previsões de tão longo prazo.
Assista ao vídeo da ONG sobre superpopulação (em inglês)