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    Pesquisadores decifram o genoma do percevejo para poder combatê-lo

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    05/02/2016 02h00

    Cientistas conseguiram decifrar o genoma do percevejo. A notícia pode ajudar a combater esses sanguessugas que vivem em colchões e atacam seres humanos durante a noite.

    Praticamente extintas na década de 1950 devido ao uso de inseticida, essas criaturas de até sete milímetros voltaram com força total nos últimos vinte anos, sobretudo em Paris e em Nova York.

    Fatores como a calefação dos apartamentos e a densidade humana favoreceram a proliferação desse tipo de praga em zonas urbanas.

    Para piorar, muitos percevejos apresentam mutações genéticas que os tornam resistentes aos inseticidas, segundo estudo recente publicado pela revista "Nature".

    Os percevejos se adaptaram aos venenos, produzindo enzimas desintoxicantes que degradam os inseticidas. Além disso, sua "casca" se endureceu para oferecer proteção extra.

    Os cientistas identificaram os genes responsáveis ""por essa resistência, além de genes anticoagulantes, úteis para um inseto que usa o sangue como fonte exclusiva de água e nutrientes.

    Os pesquisadores fizeram uma investigação de todo o ciclo de vida dos percevejos e notaram que eles são mais vulneráveis quando mais ainda não são maduros os suficiente para sugar sangue.

    Isso sugere que a fase ideal para atuação de inseticidas é na primeira etapa de desenvolvimento do percevejo, chamada de fase de ninfa.

    Segundo George Amato, diretor do Instituto Sackler de Estudo Genômico Comparativo do Museu Americano de História Natural e um dos autores do estudo, outra saída é o uso de antibióticos que ataquem bactérias benéficas ao percevejo, mas que sejam indiferentes a humanos.

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