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    Bioimpressora produz partes do corpo humano em 3D

    DE SÃO PAULO

    18/02/2016 02h00

    Cientistas da Universidade Cornell, nos EUA, conseguiram criar uma bioimpressora capaz de produzir tecidos estruturalmente estáveis para implante em escala humana. O resultado foi publicado na revista científica "Nature".

    Eles fizeram uma orelha biológica com técnicas de impressão digital. Para isso, usaram a imagem 3D da orelha de uma criança de cinco anos como base.

    Embora ainda sejam necessárias mais pesquisas antes de usar esse tipo de prótese em transplantes, o novo sistema conseguiu superar obstáculos técnicos para que isso se torne possível.

    Wake Forest Institute for Regenerative Medicine
    Completed ear structure printed with the Integrated Tissue-Organ Printing System. Credit: Credit: Wake Forest Institute for Regenerative Medicine ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Estrutura completa de orelha produzida em bioimpressora 3D

    Bioimpressoras 3D são máquinas que imprimem células em camadas para criar tecidos ou órgãos. Mas o resultado até agora costumava ser instável e estruturalmente frágil demais para ser usado na prática médica.

    Como essas próteses não têm vasos sanguíneos, seu tamanho é limitado pelo limite de difusão de nutrientes e oxigênio, que é de cerca de 0,2 milímetros -pequeno demais para que a maior parte dos tecidos e órgãos humanos possa ser reconstruída.

    Os cientistas contornaram o problema da estabilidade estrutural imprimindo células junto com materiais poliméricos biodegradáveis ​​que conferem resistência mecânica até que o tecido recém-formado amadureça.

    Já o limite de tamanho dos tecidos foi superado com a inserção de microcanais que permitem que nutrientes e oxigênio sejam fornecidos às células de qualquer ponto da estrutura moldada.

    A diferença entre esse experimento e as tentativas anteriores é que nelas a estrutura tinha algum componente sintético para manter suas dimensões. Já as técnicas atuais de reconstrução retiram cartilagem do próprio paciente.

    Com agências de notícias

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