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    Novos estudos científicos provocam alterações no Museu do Amanhã

    SABINE RIGHETTI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

    27/04/2016 02h14

    Bastou um mês de funcionamento para que o Museu do Amanhã, no Rio, tivesse de fazer sua primeira grande alteração de conteúdo.

    Um estudo publicado em janeiro na revista científica "Nature" mostrou que a microbiota humana –população de bactérias e micro-organismos que vivem no corpo humano– era bem menor do que se pensava.

    No trabalho, os cientistas chegaram à conclusão de que um corpo humano carrega 39 trilhões de bactérias e afins. O paradigma vigente na ciência até então –apresentado na época no museu– era de que 1 quatrilhão de microsseres habitavam nosso corpo.

    O achado fez com que o espaço tivesse de modificar uma parede com texto, um vídeo e um conteúdo midiático em um "backlight" (um painel estático iluminado) na seção "cubo da vida".

    Inaugurado há quatro meses, com 370 mil visitantes até hoje, o museu já passou por dez grandes mudanças de conteúdo –pelo menos três delas de caráter científico, como o da microbiota.

    "A gente sabia que teria de fazer alterações, mas não achávamos que teria de ser assim tão rápido", diz Leonardo Menezes, gerente de conteúdo do espaço.

    Vanderlei Almeida/AFP
    Museu do Amanhã no Rio
    Museu do Amanhã no Rio

    Um mês depois da mudança, em fevereiro, a equipe do museu teve de correr atrás de outro estudo importante: a comprovação das ondas gravitacionais (vibrações que surgem quando grandes massas se movimentam no espaço, mencionadas na teoria da relatividade de Einstein).

    O material, atualizado, está na parte "Cosmos" do museu, que já trazia material interativo explicando a teoria do físico Albert Einstein.

    Bastante voltado para questões ambientais –o museu prega que o "amanhã" pode ser alterado se agirmos hoje–, o espaço também incluiu na sua amostra imagens das áreas atingidas pelo desastre de Mariana (MG), após rompimento de uma barragem da mineradora Samarco.

    A ideia é acompanhar novos estudos científicos importantes para identificar a necessidade de eventuais alterações no que está em exposição. "A maior parte dos museus trabalha para preservar o conteúdo, a gente trabalha para mudá-lo sempre", diz Menezes.

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