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    Cientistas encontram resquícios de um massacre de 6.000 anos atrás

    DA FRANCE PRESSE

    07/06/2016 21h05

    Philippe Lefranc/AFP
    Pesquisadora observa ossadas de guerreiros torturados em região próxima a Estrasburgo
    Pesquisadora observa ossadas de guerreiros torturados em região próxima a Estrasburgo

    Uma equipe de arqueólogos descobriu vestígios de um massacre ocorrido há mais de 6.000 anos no leste da França. Segundo os pesquisadores, o local teria presenciado um episódio de "fúria guerreira" contra invasores.

    Em Achenheim, a cerca de 10 km de Estrasburgo, uma equipe do Inrap (Instituto Nacional de Pesquisa Arqueológica Preventiva da França) descobriu um conjunto de mais de 300 fossas cobertas que serviam principalmente para armazenar grãos e outros produtos durante o período neolítico.

    As fossas estão localizadas em um grande recinto em forma de "v", um esconderijo intrincado que provavelmente era usado para que as pessoas se protegessem em um período de grande insegurança durante o neolítico médio, entre 4400 e 4200.

    Na parte inferior de um dos depósitos foram encontrados restos de dez cadáveres, aparentemente de vítimas de uma chacina.

    Os arqueólogos encontraram seis esqueletos completos com várias fraturas, especialmente nas pernas, mãos e no crânio. Os pesquisadores acreditam que as ossadas sejam de guerreiros, uma vez que todos os mortos eram do sexo masculino.

    "Eles foram brutalmente torturados e receberam golpes violentos, com membros esmagados por machados de pedra", diz o pesquisador Philippe Lefranc, um dos responsáveis pela descoberta.

    A forma como os corpos foram encontrados, empilhados uns sobre os outros, sugere que tenham sido mortos no mesmo dia. Naquela época e região, os corpos costumavam ser enterrados em urnas circulares.

    Foram encontrados ainda quatro braços de três homens e de um jovem com idade entre 12 e 16 anos. Segundo Lefranc, os membros eram usados como "troféus de guerra" pelos vencedores do conflito.

    Os pesquisadores supõem que os mortos tenham sido invasores que chegaram àquela região.

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