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    DW

    Substância encontrada no queijo pode prolongar vida e evitar câncer

    DA DEUTSCHE WELLE

    30/04/2017 18h10 - Atualizado às 19h51

    Picture Alliance/Chromerange
    Experimento mostra aumento de 25% na longevidade de ratos de laboratório que consumiram a espermidina, uma substância encontrada em queijos envelhecidos
    Experimento mostra aumento de 25% na longevidade de ratos que consumiram a espermidina, uma substância encontrada em queijos envelhecidos; eles também tiveram menos câncer e fibrose hepática

    Pesquisadores da Universidade Texas A&M descobriram que uma substância contida em alimentos como queijos envelhecidos, cogumelos, grãos e nozes pode prolongar a vida e prevenir o câncer de fígado e a fibrose hepática, mesmo em pessoas predispostas a contrair essas doenças.

    Segundo o estudo publicado no jornal "Cancer Research", a substância conhecida como espermidina foi introduzida por via oral em ratos de laboratório, do início até o fim da vida, e os pesquisadores observaram que eles viveram mais do que aqueles que não receberam a substância –o aumento foi de até 25%.

    "Em seres humanos, isso significa que, em vez de uma média de 81 anos, as pessoas podem passar dos 100 anos. É um aumento drástico", afirmou o pesquisador Leyuan Liu. Além disso, as cobaias que receberam espermidina tiveram menos câncer de fígado e fibrose hepática, mesmo quando tinham uma predisposição natural para essas doenças.

    Os especialistas explicam, no entanto, que para conseguir esses resultados é preciso começar a ingerir a espermidina o mais cedo possível, de preferência logo que se começa a consumir alimentos sólidos. Nos experimentos em animais de idade mais avançada, o aumento da longevidade foi de apenas 10%.

    Os pesquisadores avaliam que os efeitos colaterais da espermidina sejam mínimos, uma vez que ela é encontrada em alimentos e no próprio corpo humano, tendo sido detectada pela primeira vez no esperma humano, o que deu origem ao seu nome. Os próximos passos são testar esse composto em seres humanos, para se certificar de sua eficácia e segurança.

    Liu apresentou ainda uma ideia de uso para a espermidina. "Imagina se colocarmos espermidina nas garrafas de cerveja? Ela equilibraria o álcool e ajudaria a proteger o fígado", disse.

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