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    Adriana Gomes

    Paradoxos e escolhas

    04/08/2013 03h00

    Enfrentamos o paradoxo de um mundo cada vez menor e maior ao mesmo tempo. Isso porque temos, facilmente, acesso a informações de todos os cantos do mundo, sobre todo tipo de assunto. Essa possibilidade pode causar a sensação de que fazer uma escolha implica perder muitas oportunidades. Isso é verdade.

    Segundo os dados mais recentes da CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), que identifica no que os profissionais trabalham, existem hoje 2.422 ocupações no país. O Censo da Educação Superior 2010 apresenta que o Brasil possui, considerando apenas a graduação, 29.507 cursos presenciais e a distância.

    Sem dúvida, as dificuldades para escolher uma profissão ou se manter atualizado requerem o exercício de pesquisa e levantamentos sobre os conteúdos dos programas oferecidos, a qualidade e o reconhecimento das instituições.

    São exigidas também outras atitudes como a análise de tendências das necessidades de mercado para os próximos dez ou 20 anos.

    Olhar tão à frente é necessário porque é preciso ao menos dez anos para formar um bom profissional. O bom engenheiro, por exemplo, não sai pronto dos anos regulares da sua graduação --é preciso somar a isso a experiência.

    Além desse percurso exterior, é preciso levar em conta o movimento interior, ou seja, personalidade, interesses, valores pessoais e crenças --além do momento pelo qual você está passando na vida familiar.

    Estar solteiro, casado, ou separado, com filhos pequenos ou entrando na faculdade, ou mesmo a proximidade da aposentadoria impactam consideravelmente a decisão.

    Nem sempre a conta fecha: haverá aspectos que não serão preenchidos completamente e aí é que está a dose de risco de um processo de escolha dessa natureza.

    Para minimizar os riscos, é preciso levar em conta o conhecimento de si mesmo, dados de mercado e suas perspectivas de vida.

    Assim, nada mais sábio, diante da enormidade de possibilidades, do que investir tempo em se conhecer melhor.

    adriana gomes

    Escreveu até junho de 2016

    Mestre em psicologia, coordena o Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM.

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