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    Adriana Gomes

    A maré pode baixar

    DE SÃO PAULO

    16/02/2014 01h01

    Fazendo um exercício de cenário: já imaginou se o nosso mercado de trabalho ultrapassar o patamar de desocupação de 7,4%? Esse índice é o resultado da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do mês passado.

    Isso corresponde a um contingente de 7,3 milhões de pessoas desocupadas de abril a junho de 2013, segundo o IBGE. Não dá para ficar feliz. Obviamente não é uma boa notícia, pois já estamos acima da média mundial de desocupação, que é de 6,2%.

    Os números preocupam governos do mundo inteiro, mas, por aqui, 7,4% é percebido como não preocupante. Mas é!

    A OIT (Organização Internacional do Trabalho) afirma que o "déficit mundial" de empregos relacionado à crise continua aumentando desde 2008 e totalizava, no ano passado, 62 milhões entre novos desempregados, "desencorajados" (que simplesmente desistiram de procurar uma vaga) e 7 milhões de inativos (que nem mesmo procuram trabalho).

    Nossa indústria, de modo geral, está cambaleando, o consumo incentivado pelo governo já dá sinais de esgotamento e as dívidas públicas estão aumentando.

    Esse aumento de índices de desocupação pode representar um problema para você e para seu emprego? Caso nossa economia não cresça tanto quanto nossos governantes estimam (o que já aconteceu no passado recente), qual é o seu plano para garantir sua empregabilidade? O que você faria para se manter ativo profissionalmente?

    Provavelmente, se você lê esta coluna com frequência é alguém interessado na gestão da sua carreira e atento ao cenário macroeconômico. Planejar é sempre melhor do que entrar em pânico ou ser pego desprevenido quando o assunto é seu trabalho e sua carreira.

    Quais são seus diferenciais e por que você seria a pessoa a permanecer no seu trabalho? Vale a pena cuidar da sua qualificação, da sua reputação, dos seus relacionamentos e estabelecer metas para consolidar sua reserva financeira para tempos difíceis. Esses serão os pilares de grande utilidade para aqueles que percebem a maré começando a baixar por aqui.

    adriana gomes

    Escreveu até junho de 2016

    Mestre em psicologia, coordena o Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM.

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