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    Adriana Gomes

    Entrevistador arrogante

    18/01/2015 02h00

    A situação de entrevista de trabalho não é confortável. Por mais que se esteja preparado, sempre há certa tensão. Por isso, o entrevistado deve pesquisar sobre a empresa –não apenas o local, mas o que ela faz, quais são os principais concorrentes e produtos e saber com quem terá a conversa (nome e cargo).

    Essa situação que já é tensa fica pior quando o entrevistador não está preparado. As queixas e comentários de frustrações com entrevistas de trabalho são constantes e vão das consultorias especializadas aos departamentos de recrutamento e seleção das empresas desde os níveis iniciantes até os altos executivos envolvidos no processo.

    Uma entrevista bem feita pode economizar tempo no final do processo, mas ela não é rápida. Selecionar profissionais adequados para as vagas é estratégico. Custa caro para as companhias contratar o profissional errado. Causa frustração para o contratante e para o contratado. Ingressar em uma empresa por erro na seleção representa prejuízos financeiros e perda de tempo inestimável para os dois lados.

    Alguns selecionadores, entretanto, erram muito quando iniciam o recrutamento e a seleção sem compreender o perfil da vaga e não se preparam adequadamente para a entrevista, sendo arrogantes e preconceituosos.
    Muita gente boa deixa de ser contratado pois não passa na triagem por causa dos preconceitos.

    Mais do que qualquer outro profissional, o selecionador deve evitar a todo custo os rótulos e prejulgamentos.

    Há profissionais que se formaram em áreas diferentes das tradicionais requisitadas pelo solicitante e que são ótimos profissionais que desejam fortemente mudar de área. O responsável pela seleção deve ser aquele que percebe além do óbvio, além das aparências, e isso só será possível quando ele se libertar dos crivos e das convenções.

    Uma das características mais desejáveis nas organizações de ponta é ter em seu time pessoas multifacetadas, com interesses diversos e com grande capacidade de adaptação e flexibilidade. Se quem escolhe não possui essas competências, como conseguirá identificar esses profissionais?

    adriana gomes

    Escreveu até junho de 2016

    Mestre em psicologia, coordena o Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM.

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