• Colunistas

    Sunday, 05-May-2024 18:13:27 -03
    Adriana Gomes

    Inquietude

    15/02/2015 02h10

    Conformismo é o comportamento ou tendência de aceitar, sem se opor, uma situação indesejada.

    Leva o indivíduo à passividade, a agir com pouca vontade e demonstra baixa capacidade de reação diante dos fatos.
    O sujeito que sofre de passividade tem igualmente pouca ou nenhuma iniciativa e quase nenhum poder de decisão, inclusive diante da própria vida. Vai se acostumando com o que não agrada e fica por isso mesmo.

    É mais fácil reconhecer essas características no outro ""gestor, colega, concorrente– mas é difícil assumir para si próprio. Porém, apenas diante dessa auto percepção, dessa tomada de consciência é que será possível mudar.

    O mundo avança graças aos insatisfeitos e a inquietude é que leva à evolução. O inquieto não se contenta com uma explicação simplista, ele pesquisa, conversa com pessoas e mobiliza grupos.

    O inquieto incomoda, é mais exigente, pergunta muito na intenção de satisfazer sua curiosidade de compreender a situação. Faz conexões com outras ideias, faz proposições e arrisca soluções.

    Diante de cenários como o que estamos vivendo, eles levam vantagem, pois conseguem vislumbrar possibilidades.
    Muitas empresas passarão por ajustes no quadro de funcionários, e haverá critérios para escolha dos que permanecerão, bem como para aqueles que virão a ser contratados –e a não passividade pode ser um desses critérios.

    Você, leitor, pode se perguntar: "Como alguém vai saber, só pelo meu currículo, se sou um conformado e passivo?"

    Respondo: pela sua história profissional. Cursos de atualização que tenha feito, pós-graduação, resultados alcançados, prêmios recebidos, comentários e indicações de amigos e ex-superiores nas redes sociais.

    Se você passar pela entrevista existe uma outra fase em que é possível saber sobre suas atitudes.

    Quando a empresa busca referências, conseguirá saber o que colegas, ex-superiores e pares falam sobre você.

    Assim, vale a pena refletir sobre como tem sido sua atitude diante da condução da sua carreira. Atenção aos feedbacks que recebe e aceite-os como um presente que pode direcioná-lo na melhoria das suas atitudes.

    Para o mercado de trabalho, tão importante quanto saber fazer é ter atitudes adequadas e coerentes com a expectativa da empresa e, certamente, pessoas mais inquietas podem levar mais vantagem.

    adriana gomes

    Escreveu até junho de 2016

    Mestre em psicologia, coordena o Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024