• Colunistas

    Saturday, 04-May-2024 04:24:47 -03
    Adriana Gomes

    Futuro mais ético

    02/08/2015 02h00

    No momento em que o Brasil passa por incertezas em relação ao seu futuro político e econômico, o país vive o maior processo de desmantelamento de esquemas de corrupção da sua história.

    Muita gente está perdendo o sono e não me refiro somente àqueles trabalhadores honestos que estão sem trabalho e com poucas esperanças de conseguir um novo emprego rapidamente, mas também a gente que há muito pouco tempo acreditava que jamais seria alvo de condenações.

    Sinais de que o Brasil, talvez desta vez, não perderá o bonde da história e poderá transformar esse episódio no início de um processo sobre como conduzir com mais ética e honestidade os negócios.

    A condenação de corruptos e corruptores dá uma luz de esperança inspiradora para esta geração. Dá o recado de que há valor em se fazer o correto e que a corrupção e a desonestidade resultam, de fato, em punição severa.

    Esse episódio é propício para refletir sobre o perfil dos próximos CEOs, pois muitos dos que estão aí hoje ficarão fora de circulação por um bom tempo.

    Os próximos terão que vir de outra escola, pois a atual não está funcionando bem. Precisarão limpar a casa para manter suas marcas e não perderem, além de dinheiro, credibilidade.

    Algumas pesquisas sobre o futuro da liderança sugerem que esse profissional deve ser alguém mais íntegro, que conduza seus colaboradores com bons exemplos, que valorize e favoreça as contribuições coletivas e que consiga conectar melhor os objetivos das pessoas aos da organização.

    O CEO do futuro deverá ser acessível e ter como prioridade atuar como o embaixador número um da marca da empresa. Deverá ser altamente visível e comunicativo, além de incorporar as qualidades que definem a marca.

    Deverá ter coragem para tomar decisões e mudar. Mudar o modelo de gestão, a forma de se relacionar com a equipe, com o mercado e atuar ao lado de um conselho formado por pensadores independentes e profissionais multidisciplinares, focados em maximizar os valores de curto e longo prazo, além de desenvolver sua equipe para também assumir desafios e trazer resultados dos quais todos possam se orgulhar.

    adriana gomes

    Escreveu até junho de 2016

    Mestre em psicologia, coordena o Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024