• Colunistas

    Thursday, 02-May-2024 11:59:32 -03
    Adriana Gomes

    O que você quer?

    10/04/2016 02h00

    Essa simples pergunta costuma deixar as pessoas em situações bem difíceis. Nem sempre a resposta é simples ou fácil. Principalmente quando se trata de carreira, a pergunta pode originar inúmeras possibilidades –ou nenhuma. De fato, não sei qual das opções pode parecer mais assustadora.

    A pergunta remete a reflexão, organização interna de prioridades, interesses, valores, crenças e objetivos pessoais. Obriga a pessoa a se posicionar diante de si própria e do mercado.

    Às vezes, o que se quer parece contraditório ou inatingível por desconhecer a área ou as próprias competências e potencialidades.

    As respostas aparentemente simples como "quero ganhar mais" levam a outros desdobramentos como "o que você precisa fazer para ganhar mais?" ou "quanto preciso investir em tempo e dinheiro para adquirir tais competências?"

    Essa é a contrapartida. O desdobramento retorna para você a responsabilidade de identificar o que precisa fazer para atingir o objetivo.

    Será preciso, dependendo do que se quer, fracionar a jornada em etapas menores, lidar com as frustrações da espera, se dedicar para adquirir os conhecimentos necessários, persistência para superar as adversidades e para não perder de vista o foco. Querer e não agir não mudará nada na sua carreira.

    Identificar o que se quer é, geralmente, mais complexo do que saber o que não se quer.

    Para você ter uma ideia do número de profissões existentes no Brasil, o CBO (Cadastro Brasileiro de Ocupações) cataloga 596 grupos de base (ou famílias ocupacionais) que incluem 2.422 ocupações e cerca de 7.258 títulos sinônimos.

    Em termos da gestão da carreira, a exclusão do que não se quer fazer ainda deixa um universo de possibilidades abertas.

    Entenda que identificar o que é importante e significativo para você exige tempo e experiência.

    Demanda ainda conhecimento de si próprio e do mercado em que deseja atuar, mas também favorece as escolhas adequadas, mesmo que leve a alternativas que não se havia considerado antes. Com foco, renova-se o estímulo e ânimo para atingir os objetivos.

    adriana gomes

    Escreveu até junho de 2016

    Mestre em psicologia, coordena o Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024