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    Américo José

    Temos que valorizar o outro pelas suas ideias, em vez de julgar seu estilo

    12/02/2017 02h00

    Thinkstock
    Se precisar voltar a trabalhar o quanto antes recebendo menos, escolha funções mais desafiadoras
    Dentro de uma empresa, devemos conviver com todas as tribos

    Quais foram as primeiras impressões que você teve sobre seus colegas no seu primeiro dia de trabalho? Essas impressões mudaram ou você continua usando os mesmos rótulos para defini-los?

    Desde os tempos de colégio, somos rotulados não apenas pelo nosso comportamento, mas também pelas tribos de que participamos: a turma dos nerds, a turma do fundão, os comportados etc.

    Quando crescemos e vamos para o mercado de trabalho, procuramos nos identificar com as tribos que existem dentro das empresas. Ou seja, repetimos o padrão que conhecemos na infância –e continuamos julgando o livro pela capa.

    No ambiente de trabalho, além de sermos julgados pelas aparências e pela nossa turma, também é comum nos avaliarem por atitudes pontuais, sem levar em consideração o nosso histórico. Alguém vai lá, tira uma fotografia e... pronto. As ações falam tão alto que mal conseguimos escutar as palavras.

    Tudo isso é péssimo. Quando rotulamos pessoas, deixamos de explorar um monte de qualidades que não são óbvias por puro preconceito. E os preconceitos nascem pela falta de respeito às diferenças.

    Dentro de uma empresa, devemos conviver com todas as tribos. O local de trabalho pode ser um ótimo espaço para aprender a fazer uma leitura mais ampla das pessoas.

    Quando nos libertamos de uma visão preconceituosa, apagamos os rótulos e nos dispomos a conhecer verdadeiramente o colega, ganhamos a chance de descobrir um talento e uma pessoa maravilhosa.

    Quantas vezes já ouvimos algo do tipo: "Desculpe, mas nunca passou pela minha cabeça que uma pessoa como você fosse capaz de fazer isso". Quem falou tinha um preconceito, que foi quebrado ao conhecer melhor o outro.

    A capacidade de um trabalhador não se resume à tarefa que ele executa hoje, mas sim às habilidades e conhecimentos que ele possui para encarar os próximos desafios.

    Temos que aprender a valorizar uma pessoa pelas suas ideias, em vez de julgar seu estilo. Afinal, não importa de onde veio a ideia: o importante é se ela é boa ou não. Por isso, em vez de julgar os outros pelo que eles parecem ser, que tal perguntar a eles sobre o que pensam e gostam?

    américo josé

    É consultor de empresas e palestrante há mais de 20 anos.
    Escreve aos domingos, mensalmente.

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