• Colunistas

    Wednesday, 01-May-2024 12:31:14 -03
    André Barcinski

    Para zerar o 007

    14/02/2016 02h00

    É o presente ideal para qualquer bondmaníaco: uma caixa com 23 filmes em DVD ou Blu-ray do agente James Bond, de "O Satânico Dr. No" (1962) a "007 - Operação Skyfall" (2012). Para completar a coleção, só fica faltando "007 Contra Spectre" (2015), que chegou aos cinemas após o lançamento do pacote.

    A caixa inclui os filmes feitos pela produtora inglesa Eon, empresa de Albert Broccoli e Harry Saltzman. Na história de 007 no cinema, dois filmes não foram produzidos pela Eon e, por isso, não estão na seleção: "Casino Royale" (1967), com David Niven no papel de Bond, e "007 - Nunca Mais Outra Vez" (1983), última aparição de Sean Connery no papel do agente secreto criado pelo escritor Ian Fleming.

    Divulgação
    James Bond No filme "007 - Operação Skyfall", o ator britânico Daniel Craig vivemais uma vez o famoso agente secreto criado pelo escritor Ian Fleming
    James Bond No filme "007 - Operação Skyfall", o ator britânico Daniel Craig vivemais uma vez o famoso agente secreto criado pelo escritor Ian Fleming

    Nos 50 anos entre "Dr. No" e "Skyfall", fãs da série da Eon viram o personagem interpretado por seis atores: Sean Connery (sete filmes de 1962 a 1967, 1971 e 1983), George Lazenby ("007 a Serviço Secreto de Sua Majestade", de 1969), Roger Moore (sete filmes entre 1973 e 1985), Timothy Dalton (dois filmes entre 1987 e 1989), Pierce Brosnan (quatro filmes entre 1995 e 2002) e Daniel Craig (três filmes entre 2006 e 2012, sem contar "007 contra Spectre", em 2015).

    Os filmes variam muito de qualidade. Para cada excelente aparição de Bond, como "007 Contra Goldfinger" (1964), "Moscou Contra 007" (1963) ou "007 - O Espião que me Amava" (1977), há participações menos inspiradas, como "007 - Permissão para Matar" (1989) e "007 - Na Mira dos Assassinos" (1985).

    É divertido comparar os filmes e analisá-los sob as circunstâncias de suas épocas. O machismo exacerbado da fase Sean Connery certamente não poderia ser replicado com o suave Pierce Brosnan na pele de 007, assim como pode soar mal, nesta época de correção política, chamar as conquistas amorosas do detetive de "Bond Girls".

    Mas a verdade é que os filmes de 007 não teriam o mesmo charme sem as presenças de Ursula Andress, Honor Blackman, Shirley Eaton, Halle Berry, Daniela Bianchi e Barbara Bach, entre muitas outras.

    COLEÇÃO JAMES BOND
    DIRETOR: Vários
    DISTRIBUIDORA: Fox Home Entertainment (2015, R$ 439,90 —23 discos em Blu-Ray)

    -

    Conexão

    007 CONTRA SPECTRE
    *Para completar a coleção com os 24 filmes de Bond, chega ao mercado "007 Contra Spectre", continuação de "007 - Operação Skyfall".
    DIRETOR: Sam Mendes
    DISTRIBUIDORA: Fox Home Entertainment (a partir de 17/2; DVD R$ 39,90 e Blu-ray R$ 69,90)

    -

    FILME

    A ARTE DE BRIAN DE PALMA
    DIRETOR: Brian De Palma (Versátil, 2016, R$ 49,90)
    Caixa com três longas-metragens do cineasta norte-americano: "Irmãs Diabólicas" (1973), "O Fantasma do Paraíso" (1974) e "Um Tiro na Noite" (1981). O destaque é o terceiro, um thriller inspirado em "Blow Up" (1966), de Michelangelo Antonioni (1912-2007), com um jovem John Travolta no papel de um técnico de som de cinema que grava, sem querer, o registro de um assassinato. Um dos melhores filmes já realizados por De Palma.

    DISCOS

    BLACKSTAR
    ARTISTA: David Bowie (Sony Music, 2016, R$ 49,90)
    Agora que a surpresa pela morte do Camaleão já passou, dá para analisar friamente seu último trabalho e perceber que David Bowie (1947-2016) realizou uma verdadeira despedida musical. Com suas letras sempre crípticas e repletas de imagens fortes, o compositor inglês relatou a chegada de seus últimos dias. Bowie continuou surpreendendo até o final.

    NIGHT THOUGHTS
    ARTISTA: Suede (WM UK, R$ 95 —importado)
    De todos os nomes surgidos no britpop, a invasão de bandas britânicas nos anos 1990 que trouxe Oasis e Blur, o Suede era dos mais interessantes. Liderado pelo carismático Brett Anderson, bebia do "glam" de Bowie e Marc Bolan e fazia música sexy e provocante, cheia de glamour e humor negro. Depois do bom retorno "Bloodsports", de 2013, Anderson mostra neste lançamento que ainda tem muito a dizer.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024