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    Carlos Heitor Cony

    Crise ridícula

    02/02/2016 02h00

    RIO DE JANEIRO - Poucas vezes tivemos crise como a que atravessamos. Não é dramática como a de 1954, que provocou o suicídio de um presidente. Nem sanguinária (até agora), como os golpes de 1964 e 1968. A atual é uma crise que seria apenas ridícula se não trouxesse os males que a nação está sofrendo desde que se inaugurou o governo do PT, em especial, o governo de dona Dilma, que ainda obriga seus auxiliares a chamá-la de "presidenta" e, se conseguiu emagrecer fisicamente, está fazendo o país emagrecer.

    Tirante alguns petistas alucinados, que teimam em defendê-la e em defender o seu partido, a nação como um todo está perdendo a dignidade que se exige de um país que pretende ter um papel importante no cenário internacional.

    Vemos todos os dias, nas mídias, que o Brasil está caindo cada vez mais no saco de gatos onde os países mirins se ferem uns aos outros e só produzem notas ao pé de página nos livros sobre o nosso tempo.

    Tenho a impressão de que o povo, em sua maioria, não despertou para a realidade atual e sobretudo dos dias de amanhã, ou seja 2016. A situação de hoje já está há muito tempo trazendo o desespero para todas as classes, inclusive a classe média que foi promovida ficticiamente pelo governo anterior, também do PT.

    O desemprego está começando a lembrar os dias de fome da crise de 1929, nos Estados Unidos. As demissões são feitas às toneladas, e diariamente. A violência, apesar de não ser instalada exclusivamente pelo governo do PT, continua alcançando índices alarmantes. E o problema da saúde, com hospitais desaparelhados, chega ao ponto de ameaçar a Olimpíada, forçando a desistência de grupos internacionais que estão cancelando suas reservas.

    E o pior: a crise atual não levará o Brasil para cima, pelo contrário, está levando o país para baixo e para o ridículo.

    carlos heitor cony

    Escreveu até dezembro de 2017
    carlos heitor cony

    É membro da ABL. Começou sua carreira no jornalismo em 1952 no 'Jornal do Brasil'. É autor de 17 romances e diversas adaptações de clássicos.

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