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    Caro Dinheiro

    A corrida presidencial e as visões econômicas

    17/10/2013 10h00

    No sábado retrasado uma notícia movimentou o cenário político brasileiro. O anúncio da filiação de Marina Silva ao PSB (Partido Socialista Brasileiro) e sua nomeação como candidata à vice-presidência.

    Mas pouco se sabe ainda acerca das diferenças entre os presidenciáveis em um assunto sempre muito importante: a economia.

    As características do governo Dilma já são conhecidas do povo brasileiro. Com a equipe econômica formada por Guido Mantega, ministro da Fazenda, Miriam Belchior, ministra do Planejamento, e Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, as medidas do governo nos últimos anos têm se mostrado bastante intervencionistas e decepcionado por não controlarem tão firmemente a inflação e por apresentarem baixos níveis de crescimento econômico.

    A chapa do PSB, formada por Eduardo Campos e Marina, tem se apresentado como remediadora dessas falhas, contando com o auxílio técnico-econômico de André Lara Rezende, um dos formuladores do Plano Real, e de Eduardo Gianetti, professor, filósofo e economista.

    Em encontro fechado com empresários e profissionais do mercado financeiro na última sexta-feira, Marina criticou Dilma e defendeu a retomada do tripé macroeconômico implementado no governo de Fernando Henrique Cardoso e mantido no governo Lula.

    Ou seja, defendeu menor intervenção do governo no mercado cambial justamente para que o câmbio volte a ser flutuante, sinalização mais expressiva para que a inflação volte a figurar no centro da meta, além da geração de superávits primários sem manobras contábeis.

    Além disso, a candidata à vice-presidência criticou as recentes políticas de favorecimento a alguns setores, com benefícios fiscais, bem como a política de criação de "campeões nacionais" através de empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a empresas específicas.

    Resta saber se as críticas apresentadas são verdadeiras de fato ou se servem apenas para satisfazer eleitoralmente os clamores da sociedade brasileira atual, que, em maioria, acredita que o modelo intervencionista de Dilma não funcionou tão bem quanto o esperado. Não é certo que a economia definirá o resultado das próximas eleições, mas ninguém menospreza sua importância. Como diria Bill Clinton, ressaltando o foco de sua plataforma de governo: " It's the economy, stupid".

    Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP.

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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