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    Caro Dinheiro

    Custo 'come' benefícios da previdência complementar

    16/12/2013 03h00

    A previdência complementar, via PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) ou VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), tem ganhado espaço entre investidores. Esses produtos oferecem benefício fiscal e renda vitalícia.

    Mas o investidor paga taxas de administração, com valor médio no varejo entre 1,5% e 2% ao ano, e taxas de carregamento sobre os investimentos de, em média, 3%.

    A princípio, o desconto fiscal oferecido soa como vantagem. Uma breve análise mostra, porém, que, dependendo das taxas, o benefício é absorvido pelos bancos e pelas gestoras de investimento e não chega ao cliente.

    Suponha o caso de um indivíduo com renda mensal de R$ 5.000 que deseja aplicar 10% desse valor por 30 anos e três opções de investimento: PGBL, VGBL e Tesouro Direto. Nas duas modalidades previdenciárias, se paga 2% ao ano de taxa de administração e 3% de taxa de carregamento. Já para o Tesouro, adotamos o custo de 0,5% ao ano em corretagem -mas vale lembrar que algumas corretoras não cobram taxas.

    Simulações mostram que os modelos previdenciários apresentam retornos menores ao final do período do que o investimento no Tesouro. Enquanto o resgate do Tesouro Direto fica em R$ 1,2 milhão, no PGBL e no VGBL fica abaixo de R$ 1 milhão em todos os casos analisados.

    Quando um cliente opta pela de renda vitalícia, os bancos e as seguradoras estimam por quanto tempo terão de efetuar pagamentos ao cliente a partir de uma tábua atuarial, que aproxima estatisticamente a longevidade dos indivíduos.

    É importante que o consumidor esteja atento, pois, quanto mais atual a tábua selecionada, maior a expectativa de vida da população e, consequentemente, maior o custo que será repassado para o cliente durante seu período de contribuição, já que os recebimentos ocorrerão por um período mais longo.

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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