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    Caro Dinheiro

    Mercado de arte é mais instável do que o de ações

    30/12/2013 03h00

    Obras de arte sempre foram peças de colecionadores. Os valores milionários reservavam esse tipo de aquisição a grupos seletos de compradores e apreciadores.

    Nos últimos tempos, contudo, a arte passa a servir também como uma forma de investimento de médio a longo prazos que, apesar da baixa liquidez (rapidez para resgate dos recursos), pode funcionar como um seguro para momentos de crise.

    Com a ascensão desse mercado na última década, diversos pesquisadores começaram a se especializar na área, estudando formas de atribuir valor a uma peça -ou mesmo a um acervo- e elaborando dicas de como obter bons resultados financeiros.

    Apesar da grande dificuldade para mensurar o valor exato de uma obra, estima-se que seja possível obter, em média, uma rentabilidade próxima a 8% ao ano com este tipo de investimento, segundo levantamento do consultor de galerias sediado em Londres Constanze Kubern.

    Mas esse valor pode flutuar, não sendo possível utilizar bases passadas para prever custos futuros.

    Especialistas afirmam que as flutuações podem se aproximar das encontradas no mercado de ações. Nas artes, no entanto, por haver uma relação com o gosto do cliente, é possível que os preços sejam ainda mais instáveis.

    E o mercado artístico apresenta outra grande diferença em relação ao acionário: não há pagamento de dividendos.

    Por isso, sugere-se aos aventureiros que desejam colocar parte de seus recursos em obras de arte que apliquem pequenas parcelas de sua renda, pois terão altos custos de transação e poucas oportunidades para vender os produtos caso necessário.

    Diversificar investimentos em arte para atenuar perdas também é boa escolha, assim como no mercado financeiro. Além de reduzir o risco, o investidor também encontrará a oportunidade de ter diversos tipos de peças em casa.

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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