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    Caro Dinheiro

    Mundo Econômico - 2 de janeiro

    02/01/2014 11h47

    PANORAMA MUNDO

    Os mercados retornaram aos negócios após o feriado de Natal com volume reduzido e oscilações modestas dos preços dos ativos.

    A continuidade do afrouxamento monetário no Japão e sinais de recuperação da economia dos Estados Unidos permanecem no foco dos investidores, que seguem atentos ao movimento do banco central da China.

    Os principais índices das bolsas da Ásia terminaram o pregão de quinta-feira passada sem rumo comum. O destaque coube ao mercado japonês, com o Nikkei 225 avançando 1%, aos 16.174 pontos, o nível mais alto desde 6 de novembro de 2007. No sentido contrário, o índice Xangai Composto, da bolsa de valores de Xangai, caiu 1,6%, aos 2.073,10 pontos.

    Na manhã de quinta-feira, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o número de pedidos de seguro-desemprego recuou em 42 mil na semana encerrada em 21 de dezembro, para 338 mil. Foi a maior queda desde a semana encerrada em 17 de novembro de 2012.

    As Bolsas de Nova York fecharam em alta. O dado de emprego que saiu nos Estados Unidos agradou a investidores e foi o suficiente para que os índices Dow Jones e S&P 500 fechassem em novas máximas históricas.

    Com o desempenho de quinta-feira, o Dow Jones e o S&P 500 bateram recordes de encerramento, pela 50ª vez e 44° vez este ano, respectivamente.

    No mercado de renda fixa, os juros dos títulos do tesouro do governo americano, os Treasuries, subiram puxados por indícios de fortalecimento da economia americana.

    Na última sexta-feira, em dia de poucos negócios, as principais Bolsas da Europa fecharam em alta em meio à melhora de dados recentes da economia americana. Operadores acham que tais ganhos ainda são reflexo da queda dos pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos.

    Em Londres, FTSE 100 ganhou 0,8% e fechou a 6.750,87 pontos. Em Paris, o CAC-40 subiu 1,4%, para 4.277,65 pontos, depois de o índice de preços ao produtor da França subir 0,5% em novembro na comparação com outubro. Em Frankfurt, o DAX subiu 1,1%, aos 9.589,39 pontos; máxima histórica.

    Já as Bolsas de Nova York passaram por um movimento de correção e fecharam em queda nesta sexta-feira. A semana, no entanto, foi de valorização. Dow Jones, Nasdaq e S&P 500 subiram 1,6%, 1,3% e 1,3%, respectivamente.

    Apesar de mais uma semana em ritmo lento com mais dois dias de Bolsa fechada, esta semana já contará com alguns indicadores importantes no cenário internacional. No primeiro dia do mês, como de costume, haverá a divulgação do PMI de diversos países. Nos EUA, o destaque fica com indicadores do mercado imobiliário e com discursos de líderes do Federal Reserve (Fed, banco central americano) na próxima sexta-feira.

    Panorama Brasil

    Quem chamou a atenção após mais de dois meses no marasmo foi a petroleira OGX. Os credores da petroleira de Eike Batista fecharam um acordo, na véspera de Natal, para conversão de toda a dívida em ações, além de um aporte extra de até US$ 215 milhões na companhia.

    Além disso, o leilão de ações da empresa de logística Log-In que estavam em poder da Vale teve força para influenciar o mercado acionário brasileiro na quinta-feira pós-natalina. Mas a liquidez reduzida no mercado internacional e a agenda carente de eventos sustentaram um pregão de pouca volatilidade. O índice Ibovespa encerrou então em queda de 0,26%. Já no penúltimo pregão do ano, a Bolsa brasileira seguiu em leve alta (0,09%) e com volume fraco, encerrando a semana em alta de 0,16%.

    As contas do governo e a inflação medida pelo IGP-M foram os assuntos do dia nas mesas de operações na sexta-feira.

    O setor público consolidado não financeiro registrou, em novembro, superavit de R$ 29,745 bilhões nas contas primárias, conceito que exclui receitas e despesas com juros e outros encargos de dívida. Esse resultado, divulgado na sexta, recorde para meses de novembro na série iniciada em dezembro de 2011, foi inflado por R$ 35 bilhões em receitas extraordinárias que entraram nos cofres do governo em novembro.

    Descontando essa receita extraordinária, o resultado seria um deficit primário de cerca de R$ 5,2 bilhões. Em outubro, o resultado primário foi superavitário em R$ 6,188 bilhões, o pior para meses de outubro desde o começo da série iniciada em dezembro de 2001.

    No front inflacionário, a FGV divulgou o IGP-M de dezembro: alta de 0,60%, ante 0,29% em novembro. O indicador encerrou 2013 com elevação de 5,51%, abaixo da taxa do ano anterior, quando subiu 7,82%.

    Após uma manhã morna, oscilando em torno da estabilidade, as vendas de dólares se intensificaram no mercado doméstico perto do fim da sessão de sexta. No fechamento, o dólar comercial caiu 0,68%, para R$ 2,3390.

    Nesta semana, haverá divulgação da balança comercial de 2013. Até a terceira semana de dezembro, o saldo acumulado do ano era positivo em US$ 1 bilhão. Com as operação de exportações de plataformas e importações de combustíveis, espera-se que o resultado fique no zero a zero.

    Post em Parceria com Helena Passeri, graduanda em economia pela FGV-EESP e presidente da consultoria júnior em economia (CJE) (http://cjefgv.webs.com/) da FGV, em nome da área de pesquisa da empresa

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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