O setor de tecnologia vem se consolidando como sendo uma das grandes opções para empreendedores criativos montarem seus negócios. A constante evolução de tecnologias cria continuamente oportunidades para projetos inovadores que ganham o apreço do público e geram grandes empresas como Google e Apple.
O novo queridinho do mundo da alta tecnologia é o Bitcoin, a principal moeda virtual da atualidade.
O fato é que o fenômeno global do Bitcoin está se consolidando. Tanto que seu valor total de mercado atingiu recentemente US$ 11,5 bilhões e continua crescendo.
A franca expansão ocorre também no Brasil. O valor mensal de bitcoins negociados no país alcançou R$ 10 milhões no mês de dezembro. E a expectativa é de que o volume mensal quadruplique no decorrer de 2014.
Existem inúmeras formas de investir na moeda virtual. Uma delas é a mineração, que consiste na geração de mais bitcoins por meio de solução contínua do complexo algoritmo original. A operação ganha adeptos que buscam gerar uma renda extra com a capacidade de processamento ociosa de seus computadores.
Em meio a isso, empresas de hardware já comercializam dispositivos que "mineram" o algoritmo mais rapidamente, prometendo elevar os lucros em moeda virtual. A americana Butterfly Labs vende dispositivos cujos preços ultrapassam US$ 4.000.
O número de negócios mundo afora que aceitam o Bitcoin como forma de pagamento vem crescendo. Tanto que em vários países já foram instalados caixas eletrônicos de bitcoins.
O primeiro do gênero no país foi inaugurado na última Campus Party, desenvolvido pela empresa de tecnologia americana Lamassu. O caixa eletrônico recebe cédulas de real e converte o valor em bitcoins, embora não execute a operação inversa.
Outros exemplos de negócios tupiniquins na área vão desde empresas de câmbio de bitcoins a startups que desenvolvem o pagamento com a moeda virtual.
Infelizmente, as vantagens do uso de bitcoins são aproveitadas também por organizações criminosas. A falta de regulação governamental e o anonimato das transações fazem com que a criptomoeda fique vulnerável a transações no mercado negro.
Inúmeros usos para bitcoins e relatos de empreendedores mostram como o mercado pode ser lucrativo e atraente, ainda que possua inúmeras falhas. Vale lembrar, contudo, que esse tipo de investimento é altamente arriscado.
A inexistência de órgãos responsáveis ou de uma legislação específica para a regulação faz com que os investidores fiquem à própria sorte em seus investimentos e tenham de se responsabilizar por suas perdas.
Post em parceria com Luca Mosena, graduando em administração pela EAESP/FGV
Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.