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    Caro Dinheiro

    Bancos públicos crescem apoiados em estratégia de segmentação

    25/07/2014 03h00

    Com grande capilaridade no Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil responderam juntos por 48,1% das operações de crédito das seis maiores instituições financeiras do País em 2013.

    O índice é alto e mostra que a oferta de linhas de crédito segmentadas, que englobam desde produtores rurais a micro e pequenos empresários.

    Ao contrário dos bancos estrangeiros (HSBC e Santander), as instituições públicas e privadas nacionais (Bradesco e Itaú) registraram crescimento significativo nos lucros e rentabilidade.

    Os dados fazem parte de estudo sobre o setor bancário divulgado nesta terça-feira (22) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

    O total de ativos dos seis maiores bancos brasileiros atingiu o montante de R$ 4,8 trilhões, com evolução de 11,6% em relação a 2012. Um dos destaques de 2013 foi o crescimento de 22% no ativo da Caixa Econômica Federal, que chegou a um montante de R$ 858,3 bilhões.

    No mesmo ano, os bancos apresentaram lucro líquido total de R$ 56,7 bilhões, com variação média de 11,2% em relação a 2012.

    O melhor resultado de 2013 foi o do Itaú, com lucro líquido de R$ 15,8 bilhões, o que representa uma alta de 12,8%. O montante foi o maior obtido por um banco na história do sistema financeiro nacional, segundo o Dieese.

    O crescimento do lucro líquido dos bancos, principalmente dos públicos, é bom para o Brasil. Em tese, o país ganha quando os setores crescem com qualidade para sociedade. E a melhor forma de o serviço ser aprimorado é aumentando a competição.

    De certa forma, a Caixa e o BB pressionam os preços, fazendo com que a concorrência tenha de diminuí-los para não perder mercado.

    O que falta para as instituições privadas, sobretudo as estrangeiras, é adequar-se à cultura brasileira

    Como os bancos públicos têm maior alcance pelo Brasil, saem na frente quando o quesito é atender as peculiaridades de cada consumidor.

    O que falta agora é ouvir melhor o correntista e atendê-lo melhor, uma vez que os bancos são líderes em reclamações nos órgãos de defesa do consumidor.

    Parece um grande desafio, mas não é. Afinal, os resultados financeiros mostram que há condições de investir mais em infraestrutura e mão de obra.

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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