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    Caro Dinheiro

    Consumidores temem perder poder de consumo

    08/08/2014 10h36

    Pesquisa divulgada pelo SPC Brasil este mês revela uma triste característica dos brasileiros: o medo de perder poder de consumo. Segundo o levantamento, 36% dos consumidores inadimplentes não pagam as dívidas para manter o padrão de compra. Ou seja, para gastarem com supérfluos, como roupas, carros novos, celulares de última geração e viagens para fora do País.

    Exemplo disso é que quase um quarto (24%) dos inadimplentes admite que costuma deixar de quitar alguns compromissos financeiros para adquirir um determinado produto que gostaria de ter. Entre os consumidores adimplentes, esse percentual cai para 9%.

    O resultado é preocupante e comprova a falta de educação financeira dos brasileiros. Isso porque alguns até têm dinheiro para pagar os débitos, mas preferem não quitá-los para não comprometer a renda. O problema é que as dívidas só aumentam com o tempo. Um débito de R$ 10 mil, por exemplo, vira R$ 1 milhão em quatro anos com taxas do cartão de crédito.

    O ideal é reservar 30% do salário para pagamento de dívidas. Uma sugestão para quem não deseja ter queda no padrão de consumo é ter uma dupla jornada. Isto é, conseguir outro emprego ou fazer "bicos". No entanto, essa alternativa costuma ser bastante cansativa.

    NEGOCIE JUROS

    Com o dinheiro em mãos –ou pelo menos parte dele–, não deixe de negociar os juros e o valor para quitação da dívida. Se a cobrança for excessiva, entre em contato com os órgãos de defesa do consumidor ou na Justiça. O importante é não desistir de sair do vermelho.

    É sempre bom lembrar que deixar a dívida adormecida no banco não vai fazer com que ela seja paga. Pelo contrário, fará com ela fique ainda maior. Além disso, a dura realidade é que só tem poder de consumo quem tem as contas pagas. Logo, todo o esforço é válido para ficar no azul.

    Post em parceria com a jornalista Patrícia Basílio

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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