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    Caro Dinheiro

    Consumo indireto de água também deve ser repensado

    14/08/2014 10h19

    Em função da escassez de água em algumas regiões de São Paulo, a discussão sobre o uso racional desse recurso hídrico ganhou destaque ultimamente. Contudo, apenas o consumo direto é destacado e pouco (ou quase nada) se fala sobre o consumo indireto de água.

    A somatória do consumo direto com o indireto de água doce é conhecida como Pegada Hídrica. Dicas para economizar água durante o banho, ao escovar os dentes, ao fazer a barba, ao lavar a louça, ao evitar lavar calçadas, ao arrumar vazamentos, entre outras, estão relacionadas ao consumo direto e são muito importantes para a utilização correta da água.

    A medição do consumo direto residencial é mais fácil de saber, bastar verificar o consumo mensal e dividir pelo número de pessoas.

    Dessa forma, você saberá o consumo per capita de cada morador da residência. E se houver uma percepção de que alguém consome água bem acima da média, uma conversa é necessária, a fim de que a pessoa corrija seus hábitos e passe a utilizar racionalmente a água em seu cotidiano.

    Entretanto, há também consumo de água de modo indireto. Ao consumir bens e serviços, os agentes econômicos estão consumindo também a água que foi gasta ao longo de todo o processo produtivo até chegar ao bem final.

    E você sabe o quanto de água é gasto para produzir os principais bens e serviços que utiliza diariamente? Então observe algumas curiosidades nos Quadros 1 e 2 e no Gráfico 1, abaixo.

    QUADRO 1

    Consumo de água ao longo do processo produtivo até chegar à mesa do consumidor final (kg = quilo; l = litro e g= gramas)

    Folhapress

    QUADRO 2

    Pegada hídrica anual em alguns países

    Folhapress

    GRÁFICO 1

    Folhapress

    Utilizar racionalmente a água vai além de adotar medidas de consumo direto eficientes. Deve-se também reavaliar o padrão de consumo de bens e serviços que você e sua família têm levado. Afinal, discutir sobre água é discutir sobre a vida.

    Artigo em parceria com o Prof. Fernando Antônio Agra Santos (Universidade Salgado de Oliveira), doutor em economia aplicada (UFV) e economista da UFJF

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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