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    Caro Dinheiro

    Tenho valores na poupança. Transfiro para Tesouro ou previdência?

    15/09/2014 02h00

    Apesar de ser uma das formas de investimento mais populares do mercado, a poupança normalmente não é capaz de oferecer retornos vantajosos para o consumidor. A rentabilidade é de 6,17% anuais acrescidos da Taxa Referencial, podendo, muitas vezes, provocar perdas de poder de compra no longo prazo.

    Nos últimos 12 meses, incluindo agosto, a poupança cresceu 6,81%, diante de uma alta de 6,51% da inflação, apresentando um ganho real de apenas 0,28%.

    O cenário, além de quase não gerar rendimentos, pode ser bastante desanimador para quem pretende acumular parte da renda em aplicações.

    Desta maneira, faz-se necessário buscar outras ferramentas de baixo risco com retornos atrelados à inflação, evitando perdas no longo prazo. Dentre elas, é possível destacar duas que se encaixam no perfil conservador e pagam bem mais do que a poupança: CDBs e Tesouro Direto. O VGBL, muitas vezes sugerido por gerentes de banco como uma opção interessante e mais lucrativa, não oferece resultados tão bons quanto as demais aplicações devido às altas taxas praticadas.

    Os CDBs, encontrados em bancos comerciais, possuem remuneração atrelada ao CDI, podendo atingir até 105% de seu valor dependendo do prazo e do montante aplicado. Nessa modalidade, paga-se IR -entre 22,5% e 15%, de acordo com o prazo de investimento.

    Para o CDB, é válido o Fundo Garantidor de Crédito, formado pelos bancos do mercado para assegurar a remuneração do investidor mesmo caso o banco no qual o capital está investido venha a falir, contribuindo para tornar essa aplicação menos arriscada.

    O Tesouro Direto, por sua vez, conta com as NTN-Bs e NTN-Bs Principal que remuneram entre 5% e 6% além da variação do IPCA, garantindo um ganho acima da inflação. A NTN-B Principal com vencimento em maio de 2019, por exemplo, possui rentabilidade fixa de 5,52% bruto + IPCA.

    Como custos, mantêm-se o IR e incorre-se, ainda, em 0,3% de custódia e taxa de administração. Contudo, algumas corretoras não cobram esse custo, valendo a pena pesquisar no mercado.

    Em um prazo de dois anos, estimo que o CDB (95% CDI) atinja 9,25%, e o Tesouro, 9,63% ao ano, enquanto a poupança chega apenas a 6,8%. Dessa forma, é importante repensar os investimentos e considerar os CDBs e o Tesouro como escolhas viáveis capazes de oferecer retornos maiores.

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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