• Colunistas

    Sunday, 05-May-2024 14:21:26 -03
    Caro Dinheiro

    O desemprego e suas nuances

    19/09/2014 12h55

    A taxa de desemprego divulgada esta semana pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cresceu de 6,1% em 2012 para 6,5% da população ativa em 2013.

    Outra pesquisa, feita e divulgada pela Fiesp e Ciesp (Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), anunciou um balanço mostrando que foram mais de 30.000 demissões no setor industrial do Estado de São Paulo no período entre janeiro e agosto deste ano.

    Para combater o desemprego é preciso entendê-lo e trabalhar linhas de raciocínio que expliquem os motivos do problema. Buscando uma análise mais aprofundada, nos deparamos com dados do Depecon ( Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp). Eles mostram que o desempenho foi negativo em 17 dos 22 setores de emprego formal analisados.

    No ano passado, a administração pública foi a tábua de salvação na geração de empregos. O setor puxou os índices do país. Segundo a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), a geração de empregos aumentou 29,7% no país em 2013 com relação a 2012. No entanto, não sabemos ainda se o ponto forte no mercado conseguiu continuar sua significativa liderança sobre a geração de empregos e contrariando, portanto, a tendência de demissões que se alastrou pela indústria paulista.

    Outro dado curioso e importante para reverter a situação vem do fato de que a região Sul se manteve imune ao desemprego, que passou de 4,2% em 2012 para 4% no ano passado. O destaque negativo ficou com a região Norte, onde o desemprego não só subiu, como liderou a redução de vagas em nível nacional: passando de 6,3% para 7,3%.

    Agora é se debruçar sobre os dados e estudar o que impactou cada um deles. Os contextos regionais podem explicar muita coisa. O importante será não desperdiçar esses levantamentos e utilizá-los com propriedade para pensar os próximos passos da economia, independente do futuro político.

    Post em parceria com a jornalista Adriana Matiuzo

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024