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    Caro Dinheiro

    Pente fino nas compras

    03/10/2014 15h55

    A Receita Federal anunciou que vai "apertar" a fiscalização em cima de quem viaja para fora do país e volta com as malas cheias de compras, mas não declara imposto. Quando 2015 começar, também será iniciado um reforço de fiscalização, que pretende trabalhar com a modernização do sistema de inteligência e o cruzamento de informações.

    Para se ter uma ideia, as empresas de aviação vão ser obrigadas a enviar à Receita e à Polícia Federal informações sobre os passageiros embarcados a caminho do Brasil. Os órgãos federais do Governo prometem uma verdadeira devassa nas bagagens, que terão levantadas informações como peso, quantidade, país de origem e duração da viagem.

    A ideia é cruzar dados e abordar passageiros suspeitos assim que eles desembarcarem em solo brasileiro.

    Nunca é tarde para relembrar as regras mais importantes da Receita Federal para quem faz compras no exterior:

    1) Quem está planejando uma viagem pra fora do Brasil deve se lembrar, em primeiro lugar, de que a Receita não cobra impostos sobre objetos de uso pessoal, como relógios, celulares e câmeras fotográficas. Caso leve mais do que um destes produtos na bagagem, é importante levar a nota fiscal, a fim de evitar qualquer cobrança no retorno ao Brasil.

    2) Já em relação às compras, efetivamente, cada viajante, maior de 16 anos, tem direito a trazer para o Brasil o equivalente a no máximo US$ 500 em mercadorias. Caso contrário, oficialmente, teria que pagar uma multa de 50% sobre o valor excedente. Outro detalhe importante, segundo a Receita Federal, é que a isenção só é autorizada em viagens com intervalos de pelo menos um mês.

    3) No caso de quem compra no free shop de outros países, a regra é a mesma para todos os produtos adquiridos em território estrangeiro. Ou seja, o perfume que você comprou no free shop no aeroporto de Heathrow, em Londres, será contabilizado na sua bagagem e poderá contribuir para que você perca a sua isenção, caso compre mais do que US$ 500 durante toda a sua viagem.

    4) Caso você faça a compra em um free shop brasileiro pouco antes de começar sua viagem, não vai adiantar nada. A regra também será a mesma e o "mimo" entrará na lista de compras no exterior, que poderá ser tributada.

    Sendo assim, seja cuidadoso com seus pertences pessoais e leve, sempre que possível, a nota fiscal. Durante as compras, vá com cautela. Compre o que vale a pena e na quantidade que compense e que não vá pesar no seu bolso no final das contas. Ponha na ponta do lápis e confirme se suas compras permanecerão "tão baratas" assim, caso seja necessário pagar o imposto para a Receita, ou se ficarão com valor equivalente ao cobrado no Brasil.

    Post em parceria com Adriana Matiuzo

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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