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    Caro Dinheiro

    Dia das Crianças: cinco perguntas que você deve se fazer!

    12/10/2014 02h00

    Uma pesquisa feita pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) apontou que as vendas para o Dia da Crianças, comemorado neste domingo, devem ter boa adesão do consumidor. Ao todo, 81% dos entrevistados pela pesquisa declararam que pretendem comprar presentes para crianças para a data.

    O índice é o segundo é maior, ficando atrás apenas do do Dia das Mães, quando a mesma pesquisa apontou para 86% dos entrevistados interessados em ir às compras devido à data.

    Se você faz parte dos 81% que foram ou vão às lojas para comprar presente para as crianças, fique atento às cinco perguntas que você deve se fazer antes de se empolgar com as compras e tratar seu dinheiro como brincadeira:

    1) Que tipo de presente "cabe" no meu bolso?

    As crianças aprendem mais com os exemplos do que com os discursos. Você quer que seu filho (sobrinho, afilhado ou qualquer criança) cresça aprendendo a viver com um orçamento equilibrado ou que ele passe a vida se endividando? Se a resposta for a primeira opção, dê o exemplo! Olhe para suas finanças, veja qual presente "caberia" no seu orçamento sem prejudicar seus compromissos e não hesite em fazer uma escolha racional e saudável, mas, acima de tudo, que ensine a criança a ter os pés no chão. Esse é um dos maiores presentes que você pode dar ao seu filho!

    2) Este presente que estou pensado vai dar alegria ou apenas status social ao meu filho?

    É um equívoco, como sabemos, vincular o valor do presente à satisfação que a criança terá em recebê-lo. Quem nunca ouviu histórias incríveis de tantas e tantas avós e bisavós criadas na zona rural, à moda antiga, que a vida toda faziam suas próprias bonecas com espigas de milho? Normalmente, essas experiências, por mais simples que tenham sido, geraram alegria e saudade, foram, de fato, marcantes e enriquecedoras. Uma demonstração de que o importante para a criança deve ser a alegria, e não o status social que o presente proporcionará.

    3) O meu presente vai ensinar algo ou estimular a criatividade?

    É difícil ver pais, parentes e amigos que se preocupam em dar presentes inteligentes. O presente deve ser uma fonte de alegria para as crianças, mas o ideal é que tenha também um aspecto lúdico. Em vez de roupas, sapatos, eletrônicos, por que não livros, quebra-cabeças, bonecas feitas com material reciclável, games sobre sustentabilidade? Mais uma vez o aspecto lúdico, a ser observado, não tem relação com o preço.

    4) E se eu realmente quiser dar um presente caro, como farei com o Natal?

    Não se esqueça do "Papai Noel"! Sim, faltam menos de três meses para as festas de fim de ano e, normalmente, as crianças não perdoam: elas querem também o presente do Natal. Por isso, se você pretende dar um presente caro, terá duas opções equilibradas para o seu orçamento. A primeira é tentar adiar para dezembro o presente caro e comprar um mais barato no Dia das Crianças. Isso é uma boa opção porque dezembro é um mês que, normalmente, proporciona alguns ganhos extras como o 13º salário, comissões, gorjetas, que possibilitam a compra à vista e com bons descontos. A segunda opção deve ser utilizada se a criança fizer questão de ganhar agora em outubro o seu presente. Negocie e explique que, como o presente é muito caro, ele será o presente do Dia das Crianças e do Natal. Dialogar com as crianças é a atitude mais adequada, tanto para o seu bolso quanto para a formação financeira dela.

    5) E se eu fizer um passeio em vez de dar um presente?

    Passeios tendem a ser presentes inesquecíveis para crianças e adultos. A questão é que nem sempre substituir um presente efetivo por um passeio é sinônimo de economia. É preciso pesquisar, comparar e avaliar. O passaporte individual para um dos parques de diversões mais famosos de São Paulo na atualidade sai por R$ 93. Ainda que estudantes e idosos tenham descontos, é sempre bom lembrar que ainda há os gastos com transporte e alimentação (dentro do parque). É preciso por na ponta do lápis e ver realmente o que compensa mais. Em alguns casos, o passeio pode pesar tanto no seu orçamento que compensa adiá-lo para outra data, já com dinheiro reservado. Poupar dinheiro para um passeio, explicar às crianças e pedir a ajuda delas também é uma forma lúdica de ensiná-las, desde cedo, sobre o uso consciente do dinheiro!

    Post em parceria com Adriana Matiuzo

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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