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    Caro Dinheiro

    Mercado de semijoias cresce e inova para agradar consumidor mais exigente

    22/11/2014 17h14

    Nos últimos cinco anos, o mercado de luxo no Brasil –ainda que seja o menor entre os Brics –cresceu 35%, movimentando, ao ano, algo em torno de US$ 1,5 bilhão. Apesar do baixo rendimento econômico na Europa, da crise na Rússia e das flutuações de câmbio monetário ao redor do mundo, o setor mundial de bens de consumo pessoal de luxo está estável.

    De acordo com o Global Luxury Goods Worldwide Market Study, Spring 2014 Update, estudo da Bain & Company, O crescimento das vendas no Brasil no primeiro trimestre de 2014, de 4% a 6%, apresentou uma leve queda em relação a todo o ano todo de 2013 e espera-se que continue assim até o fim do ano.

    Em um cenário de economia retraída, com menos crédito no mercado, esse é um dos primeiros gasto que o consumidor deixa de lado, por ser algo supérfluo e que pode ser adiado sem grandes problemas.

    No mercado de joias não é diferente. A Global Jewelry Information Website (CREBi) estima que a joia de ouro perderá mais de 40% de sua demanda nos próximos anos, restringindo-se quase que exclusivamente a joias de noivado e casamento.

    Esse cenário, aliado à insegurança de andar com objetos caros, abre espaço para as semijoias, peças banhadas com metais como ouro 18 quilates, prata ou ródio, que chegam a custar cinco vezes menos que as joias.

    O Brasil já possui 3.000 empresas de semijoias que faturaram R$ 600 milhões em 2013, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Muitas franquias e pequenas empresas estão agora apostando em design e originalidade.

    A inovação vai além do design. O uso de materiais inovadores, como sementes, tecidos, couro, raízes e madeira dão o charme e seguem a tendência da moda, agradando no bolso e na beleza. As pedras preciosas e semipreciosas também são usadas em semijoias, uma vez que o Brasil é responsável por aproximadamente um terço do volume de produção de gemas em todo o mundo.

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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