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    Caro Dinheiro

    Possuo R$ 1.300 para investir por prazo longo. Quais opções tenho?

    R.N., de São João da Boa Vista (SP)

    24/11/2014 02h00

    Para volumes menores de dinheiro, como os seus R$ 1.300, a melhor modalidade será o Tesouro Direto, pois a taxa de retorno será sempre a mesma, independentemente de ser aplicação de R$ 30 ou R$ 1 milhão.

    Nesse sentido, para investir no curto prazo, o melhor é optar pelas LFTs (Letras Financeiras do Tesouro), pois elas estão atreladas à Selic, atualmente 11,25%, e podem gerar rendimentos mensais caso parte seja vendida/renegociada periodicamente.

    Já para o longo prazo, pode-se considerar as Notas do Tesouro Nacional da série B, atreladas à inflação e que, por isso, geram correções de poder de compra acima da alta de preços –atualmente em 5,72%, mais IPCA.

    Para a modalidade, paga-se IR regressivo de acordo com a duração do investimento: 22,5% para aplicações de até 180 dias; 20% para entre 181 e 360 dias; 17,5% para entre 360 e 720 dias; e 15% para mais de 720 dias.

    Além disso, há cobrança de taxa de custódia, no valor de 0,3% ao ano e possíveis taxas administrativas. Algumas corretoras, no entanto, não praticam as últimas, e existe uma lista no site do Tesouro Direto na qual é possível verificar as taxas que cada instituição cobra.

    A Selic atualmente está em 11,25%, dos quais, descontando-se a taxa de custódia e o IR em seu nível máximo, 22,5%, obtém-se uma rentabilidade de aproximadamente 8,49% ao ano com o Tesouro Direto, um valor bastante acima da poupança, que oferece 6,17% acrescidos da TR como retorno. Nos últimos 12 meses a poupança rendeu 6,99%.

    Outra aplicação que supera os rendimentos da poupança e mantém risco reduzido é o CDB, principalmente de grandes bancos.

    A modalidade é atrelada ao CDI, paga impostos no mesmo sistema do Tesouro Direto e tem o Fundo Garantidor de Crédito, formado pelos bancos e que busca garantir os pagamentos de até R$ 250 mil aos detentores de investimentos se o banco escolhido for à falência.

    Nas condições atuais, aplicações em CDB que pagam mais de 85% do valor do CDI já valem mais a pena do que a poupança. Com um pouco de pesquisa, é possível encontrar, até em grandes bancos, retorno de 95% do CDI.

    Na época de estudante, como não há grandes montantes para aplicação, é importante testar cada modalidade para ter maior facilidade em escolher as ferramentas no futuro, quando o capital for mais significativo.

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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