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    Caro Dinheiro

    Janeiro: trocas, queimas e um fio de esperança para o comércio

    02/01/2015 02h00

    O comércio varejista deve começar 2015 em busca de recuperação para as vendas. Como sempre, devem se destacar as empresas que tiverem mais criatividade e disposição para batalhar pelo consumidor em janeiro.

    A primeira frente de trabalho do ano deverá se concentrar nos consumidores que forem às lojas para trocar os presentes de Natal, o que não é novidade. No entanto, neste ano pesa sobre as lojas um diferencial de que há uma necessidade urgente de tentar dar uma injeção de ânimo no consumo. Cenário que fará com que as tradicionais queimas de janeiro ganhem relevância.

    Isso acontece porque o Natal de 2014 teve desempenho inferior aos dos anos anteriores. Em 2010, segundo o SPC Brasil, houve um aumento de 10,89% nas vendas.

    Nos anos seguintes, o crescimento foi bem inferior, porém a data continuou sendo a "menina dos olhos" do comércio varejista. Em 2011 a variação foi de + 2,33%, em 2012 foi de +2,37% e em 2013 foi de 2,97%.

    Em 2014, as vendas não só não cresceram, como também declinaram 0,7%. Na avaliação do SPC, a inflação desacelerou as vendas, pois os juros estão mais elevados e os rendimentos dos trabalhadores não estão crescendo. Além disso, podemos adicionar a incerteza econômica para 2015 e a inflação.

    Dessa forma, a tradicional troca de presentes que acontece em janeiro pode ser a oportunidade para o comércio emplacar vendas novas e tentar amenizar o balanço negativo do Natal.

    É importante lembrar que, antes mesmo do Natal, já havia uma expectativa não muito otimista para as vendas deste ano. Pesquisa do próprio SPC apontou que, em 2013, 13% dos consumidores declararam que queriam reduzir os gastos com presentes. Em 2014, o número saltou para 33%.

    Esse indicadores refletiam uma baixa na confiança do consumidor em virtude, possivelmente, da piora na geração de empregos, do enfraquecimento da economia em geral e do menor crescimento dos salários dos trabalhadores.

    Post em parceria com Adriana Matiuzo

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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