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    Caro Dinheiro

    Estudo aponta queda dos estoques do comércio na região metropolitana de SP

    09/01/2015 02h00

    O Índice de Estoques (IE) da Fecomercio-SP é o indicador que capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas e tem uma variação que vai de zero (inadequação máxima) a 200 pontos (adequação total). A média/limite entre inadequação e adequação é de 100 pontos.

    Foi realizado um estudo que aponta queda em dezembro dos estoques do comércio na região metropolitana de São Paulo (RMSP), após três melhoras mensais consecutivas. O indicador mostrou 110,6 pontos no mês; quando comparado ao mês de novembro passado, houve queda de 1,1%. Quando comparamos esse índice a dezembro de 2013, a queda foi muito maior, chegando a 13,2%.

    Os principais fatores para essa inadequação apresentada em dezembro foram o movimento de redução das vendas diante da projeção realizada no final de 2013 e a deterioração da adequação dos estoques, vista por todo o ano de 2014. Tais fatores levaram a um crescimento na quantidade de empresários com estoques altos.

    O aumento de quase 50% dos empresários que disseram ter estoques acima do desejado, provocou um recuo na adequação dos estoques em 12%, quando comparamos dezembro de 2014 com dezembro de 2013. Já a proporção de empresários com estoque insuficiente baixou para 8% no mesmo período.

    A pesquisa, que foi realizada antes do dia 25 de dezembro, projetava um Natal "magro" para o comércio varejista, números que se confirmaram em pesquisa apresentada pelo Serasa Experian ao analisar o fim de semana que antecedeu o Natal (dias 20 e 21).

    A queda nas vendas atingiu 2,1% em relação ao período equivalente em 2013. Ou seja, os estoques estão elevados em relação às vendas, fato que impossibilitou uma recuperação dos números até o Natal.

    A inflação em alta, a expectativa de crescimento zero para o PIB (Produto Interno Bruto) e para o varejo em São Paulo caracterizam-se como os principais fatores para a retomada do "desânimo" do setor, agravado por acontecer tão próximo às festas de fim de ano, momento mais importante para as vendas do comércio varejista.

    Post em parceria com Adriana Matiuzo

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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