• Colunistas

    Wednesday, 08-May-2024 04:33:53 -03
    Caro Dinheiro

    Mundo Econômico

    13/01/2015 10h14

    PANORAMA MUNDO

    Nos Estados Unidos, os principais indicadores fecharam a semana em queda após dados de emprego. O Dow Jones fechou em queda de 0,95%, o S&P 500 caiu 0,84% e o índice Nasdaq 0,68%. A economia americana gerou, em dezembro, 252 mil postos de trabalho, acima dos 250 mil esperados pelo mercado.

    No entanto, o ganho médio por hora trabalhada foi de 1,7% e ficou abaixo da então tendência de alta de 2%.

    Outro dado relevante foi a redução no deficit da balança comercial do país em novembro. Houve queda de 1% nas exportações e de 2,2% nas importações, essa última puxada pela diminuição nos preços do petróleo. Com isso, o deficit foi o menor desde dezembro de 2013.

    Já na Europa, os principais índices fecharam a segunda-feira em alta. Os investidores aguardam a próxima reunião de política monetária do bloco, no dia 22. Os sinais de deflação no continente fazem com que o mercado espere um programa de compra de bônus soberanos. A Bolsa de Paris teve alta de 1,2% e a de Frankfurt subiu 1,38%. Os principais índices de Madri e Milão tiveram alta de 0,81% e 0,95%, respectivamente.

    Na Rússia, os últimos dias foram marcados por dados negativos. A inflação no país fechou 2014 em 11,4%, maior patamar desde 2009. E na sexta-feira passada a agência de classificação de risco Fitch Ratings cortou a nota de crédito do país para o patamar mais baixo do grau de investimento.

    Na Ásia, os mercados financeiros não indicaram um sentido único no fim da última semana. A Bolsa de Tóquio teve alta de 0,18%. Enquanto na China os índices Xangai e Shenzen tiveram quedas de 0,24% e 0,57%, respectivamente. Em Hong Kong, a Bolsa fechou no negativo, com queda de 0,35%.

    Nesta semana serão divulgados, nos EUA, o índice de preços ao produtor (PPI) e as vendas no varejo. Na zona do euro e no Reino Unido serão divulgados os índices de preços ao consumidor de dezembro.

    PANORAMA BRASIL

    No Brasil, o ano começa com a atuação da equipe econômica buscando acalmar os ânimos do mercado. Após a notícia de que a inflação oficial foi de 6,41% (valor próximo ao teto da meta), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou o comprometimento de levar a inflação ao centro da meta até 2016.

    Enquanto isso, o atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o governo buscará cortar gastos e evitar aumento de impostos e endividamento. Segundo ele, "estamos podendo consertar o telhado em dia de sol".

    A Bovespa fechou a segunda-feira em queda, em linha com as Bolsas americanas. O Ibovespa caiu 1,43%, fechando nos 48.810 pontos. A queda foi puxada pelas ações da Petrobras, da Oi e de bancos.

    Além disso, a balança comercial brasileira começou o ano com um deficit acumulado de US$ 983 milhões. O dólar teve alta de 1,14% na segunda-feira, cotado a R$ 2,66. O resultado foi puxado por dados positivos da economia dos EUA.

    Na semana serão divulgadas as vendas no varejo, o IBC-Br e dados sobre emprego no Brasil, todos referentes a novembro de 2014.

    Texto em parceria com Luca Mosena, graduando em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas e consultor pela Consultoria Junior de Economia (CJE-FGV)

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024