A pergunta foi feita por A. T. K, de São Paulo (SP).

*

Poupança, CDBs e LCIs contam com riscos similares e relativos à possibilidade de a instituição dar calote no pagamento ou vir à falência. Para esse último caso, no entanto, vale para as três modalidades o Fundo Garantidor de Créditos, que assegura o pagamento de até R$ 250 mil por instituição financeira e garante menor risco ao investimento.

Para o caso específico de contas conjuntas, o valor de R$ 250 mil é repartido em partes iguais para cada um dos CPFs cadastrados.

No caso de dois titulares, por exemplo, cada um terá direito a R$ 125 mil em casos de falência da instituição financeira. De forma análoga, para quatro titulares, a garantia será de R$ 62.500 para cada CPF.

Normalmente, CDBs e LCIs não contam com taxas administrativas, e pode ser interessante verificar no banco o porquê de sua cobrança.

De qualquer forma, uma LCI a 91% do CDI parece ser uma excelente opção, ainda mais quando levado em consideração que ela não conta com incidência de Imposto de Renda.

Em anúncio recente, no entanto, o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, expressou a possibilidade de que essa política de isenção de Imposto de Renda seja revista e que as Letras de Crédito também passem a contar com a cobrança de alíquotas.

Caso tal medida venha a ser de fato implementada, será importante ficar atento à nova rentabilidade da LCI para os investimentos futuros e compará-la com as demais ferramentas disponíveis no mercado.

Quando se pensa em longo prazo, deve-se considerar a inflação, afinal a preocupação do investidor está no ganho real, ou seja, no rendimento acima da inflação.

Nesse sentido a inclusão das Notas do Tesouro Nacional, série B (NTNBs e NTNBs Principal), pois esses títulos são atrelados à alta de pre- ços e podem ser uma estratégia interessante para evitar o risco inflacionário e man- ter o ganhos efetivos em poder de compra ao longo do tempo –benefício esse indisponível para CDBs e Letras de Crédito.

Em linhas gerais, a melhor opção é distribuir o montante disponível (R$ 705 mil) em quatro diferentes instituições. Dessa forma, fica-se totalmente coberto pelo FGC e minimiza-se o investimento em ações, aproximando-o de 10% da renda total, uma vez que essa é uma aplicação de risco mais elevado que não condiz diretamente com o perfil conservador e que pode sofrer maior instabilidade nos próximos meses com a implementação de novas políticas econômicas no Brasil e no mundo.

Por fim, a aposentadoria antecipada pode ser uma opção vantajosa, uma vez que o fator previdenciário pos- sui teto, e o maior período de contribuição implica uma redução do uso do capital em outras formas de investimento que se mostram mais rentáveis.

Além disso, cada ano a mais de contribuição significa um ano a menos que terá de recebimento, logo o peso dessa decisão é dobrado.