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    Caro Dinheiro

    A decisão de comprar

    14/02/2015 02h00

    Uma pessoa organizada do ponto de vista comportamental e cognitivo (memória, raciocínio, pensamento, imaginação, linguagem...) tende a ter facilidade de relacionar suas decisões aos seus objetivos, facilitando, portanto, suas escolhas no dia a dia.

    Como forma de articular e compreender toda essa dinâmica, pode-se destacar o estudo sobre psicologia econômica ou neuroeconomia. A abordagem considera a influência do comportamento humano para tomada de decisões atreladas às avaliações dos aspectos financeiros.

    Conheça alguns aspectos do processo cognitivo e comportamental que influenciam a decisão de comprar:

    1 - Armadilha do 'pegou, comprou!'

    A mais tradicional "pegadinha" que nosso processo cognitivo nos prega. Depois de aproximadamente 30 segundos com um produto na mão, criamos um vínculo de afetividade com ele e, dessa forma, cedemos à tentação de compra por enfraquecermos a nossa razão, muitas vezes pagando um valor acima do que seria o justo de mercado.

    2 - Prazer efêmero

    Quando paramos para pensar durante quanto tempo aquele objeto que desejamos comprar nos trará felicidade, a tendência (por conta dessa reflexão) é de reduzirmos a vontade (o impulso) de comprá-lo.

    Racionalmente, será possível percebermos que o prazer atrelado àquele objeto terá um tempo de duração mais curto do que imaginamos. Dica: antes de adquirir um produto, procure imaginar não só o prazer que você terá logo após comprá-lo, mas também o que poderá ter ao longo dos dias, conforme for se habituando a ele.

    3 - Comprar por priorização

    Quando vamos às compras sem a utilização de uma lista e, portanto, sem estabelecer prioridades objetivas, buscamos com frequência os produtos que nos dão prazer, mas que não são necessariamente os prioritários e indispensáveis. Dica: evitar compras sem listas, assim como ir a supermercados e shoppings com fome e com crianças.

    4 - 'Efeito macaco'

    É quando buscamos, mesmo sem perceber conscientemente, imitar as pessoas que fazem parte do nosso grupo, em especial aqueles que têm padrão de vida mais elevado. Quando isso ocorre, geralmente adotamos a necessidade imposta pelo grupo e, com isso, tentamos ostentar algo que não possuímos do ponto de vista material. É exatamente neste momento que surge uma necessidade ilusória de solicitar crédito no mercado para manter uma condição social que não nos representa.

    Post em parceria com Adriano Reis

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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