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    Caro Dinheiro

    Mundo Econômico

    17/02/2015 09h00

    PANORAMA MUNDO

    No fim da semana passada, as Bolsas americanas fecharam em alta e bateram recordes. S&P 500 e Dow Jones registraram alta de 0,41% e 0,29%, respectivamente. Nasdaq subiu 0,75%. As altas se devem, em parte, a uma melhora na situação de Grécia e Ucrânia.

    Contudo, dados negativos da economia americana mantêm a preocupação acesa –as vendas no varejo tiveram queda de 0,8% em janeiro, resultado pior do que a expectativa de 0,5%. Além disso, os pedidos de seguro desemprego no país tiveram alta de 25 mil na semana passada. Analistas afirmam que os dados ruins possam ter sofrido distorção devido ao rigoroso inverno deste ano.

    Na Europa, investidores se dividem entre o ceticismo com relação às negociações com a Grécia e bons resultados da região no âmbito econômico. A zona do euro fechou a quinta alta consecutiva de seu superavit comercial, no valor de US$ 37,4 bilhões em dezembro. O resultado é favorecido em grande parte pelo relaxamento monetário do BCE, que causou uma desvalorização do euro.

    Outra boa notícia foi a alta de 0,3% no PIB da região no último trimestre do ano passado. Com destaque para a alta de 0,7% no trimestre da Alemanha. Porém a grande surpresa foi o resultado da economia grega, que escapou da recessão crescendo 0,8% no ano de 2014.

    Enquanto isso, na Ásia, bons resultados da economia japonesa animaram investidores. O país cresceu 2,2% no quarto trimestre (taxa anualizada). A alta fez com que o índice Nikkei subisse 0,5% na sexta-feira, ultrapassando os 18 mil pontos pela primeira vez desde 2007.

    Na Alemanha, serão divulgados o Economic Sentiment e o PMI da indústria, ambos de fevereiro. No Reino Unido, serão conhecidos os números de vendas no varejo e o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), ambos do mês passado.

    E nos EUA, temos o Índice de Preços ao Produtor (PPI) e o Índice de Manufatura de Filadélfia do Fed (Federal Reserve). Serão divulgadas também as atas de política monetária do Fed e do Bank of England (BoE).

    PANORAMA BRASIL

    Já no cenário doméstico, os últimos números não são muito favoráveis. Prévias do PIB como o IBC-Br e o da Serasa Experian indicam estagnação. Segundo a Serasa, o PIB de 2014 fecharia em próximo a zero. Já os dados do BC indicam uma queda de 0,5% na atividade econômica no mês de dezembro.

    Além disso, dados da indústria e inadimplência reforçam a fragilidade do setor produtivo e do poder de compra da população. Segundo a FIESP, a indústria paulista contratou apenas 2,5 mil trabalhadores em janeiro. O valor é 62% menor que a leitura do mesmo mês do ano passado.

    Já a inadimplência teve alta de 4,1% em janeiro, maior elevação para o mês desde 2003. Segundo a Serasa, o aumento da inadimplência é causado pelo aumento dos juros e dos preços de luz, água e energia. O que por sua vez diminui a capacidade dos consumidores de honrarem seus compromissos.

    No mercado financeiro, o último dia de pregão da semana registrou alta tanto para a Bovespa como para o dólar. O Ibovespa subiu 2,23%, no entanto com um baixo volume negociado. O resultado foi puxado pelo cenário externo mais favorável, alta do barril de petróleo e melhora nas mineradoras. Já a moeda americana fechou a R$ 2,83, uma elevação de 1,93% no acumulado da semana passada.

    Texto em parceria com Luca Mosena, graduando em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas e consultor pela Consultoria Junior de Economia, CJE-FGV (http://www.cjefgv.com/ ) 

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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