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    Caro Dinheiro

    Cheques devolvidos ou cartões: qual o maior vilão para o varejista?

    25/02/2015 02h00

    Segundo a Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), o número de cheques devolvidos –aqueles que voltam pela segunda vez por falta de fundos– em janeiro deste ano ficou em 2,02%, um pouco acima dos 1,91%. Registrados em dezembro. A diferença fica menor quando o indicador é comparado ao de janeiro do ano passado, que foi de 2,07%.

    O gráfico abaixo mostra a oscilação dos dados comentados.

    Boa Vista SCPC

    Mas e quando comparamos a realidade dos cheques devolvidos (e todos os riscos inerentes para o comércio varejista) aos pagamentos feitos com cartão de crédito e de débito?

    CARTÃO DE CRÉDITO

    Segundo a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), o cartão de crédito é a forma de pagamento mais cara para o lojista, pois as taxas cobradas pelas administradoras dos cartões variam de 3% a 8% (mais oneroso inclusive que os 4% pagos no Supersimples). Já o prazo do repasse pelas administradoras os comerciantes é de 33 dias, um dos maiores do mundo.

    CARTÃO DE DÉBITO

    Hoje, no Brasil, o custo por cada transação (na casa de 2%) não varia percentualmente de acordo com o valor da operação. O ideal seria a cobrança de uma taxa por operação que fosse atrelada ao valor da compra. Portanto quais são os custos e vantagens?

    O cartão de crédito tem taxação por operação bem mais alta (5% em média), mas acaba sendo uma forma de pagamento muito utilizada pelos consumidores (conforto por dividir as compras no preço à vista).

    Já o cartão de débito e o cheque são opções de pagamento com taxas e indicadores muito parecidos. No cheque, 2% são devolvidos, ao passo que no cartão os 2% ficam para a operadora.

    Enquanto taxas operacionais do cartão de crédito e de débito forem altas para o lojista, os cheques continuarão com espaço garantido no comércio. É preciso descermos para patamares mais competitivos, afinal todo o custo acaba assombrando o preço Brasil.

    Post em parceria com Adriano Reis

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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